Os delegados da Polícia Civil de São Paulo estiveram reunidos na Assembleia Legislativa do Estado para informar a todos os deputados estaduais que estão oficialmente em estado de mobilização.
Eles exigem o cumprimento de uma pauta de reivindicações ou em até dez dias podem decretar greve por tempo indeterminado.
O principal pedido feito é a aprovação do projeto de reestruturação da categoria, que já se encontra nas mãos dos deputados estaduais.
Os delegados formam a segunda grande categoria de servidores públicos a ameaçar cruzar os braços neste mês, o último pela legislação em que o governador José Serra (PSDB) tem para decidir se segue à frente do governo ou se deixa o cargo para concorrer à Presidência da República. A expectativa dentro do seu partido é que ele seja candidato de oposição a Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao posto.
Na semana passada, os professores da rede pública estadual também decidiram iniciar movimento de greve, reclamando aumento de salários acima de 30%.
Em Fernandópolis
A Polícia Civil de Fernandópolis pode pode entrar em greve a qualquer momento.
Ainda sem nenhuma proposta do governo, policiais e agentes aguardam a ordem de paralisação.
Das reivindicações
O projeto de reestruturação de carreira que está na Assembleia Legislativa prevê a extinção de alguns cargos, a remodelação de atribuições, a disposição dos cargos da polícia civil em quatro categorias (inicial, intermediária, final e especial) e versa ainda sobre promoções e aumentos salariais.
A categoria nega caráter político na manifestação e exalta o fato de 400 delegados terem participado de evento do sindicato, na semana passada, como prova de força.