A primeira empresa do Brasil para a produção de pellet através do bagaço de cana e poda de árvores investirá R$ 20 milhões na construção da unidade fabril em Votuporanga. O diretor executivo do Grupo Green Energy Participações S/A, Diego Maurizio Zanoni, esteve na cidade para a realização do evento de lançamento da empresa BrasPellet nesta quinta-feira, no Votuporanga Clube.
Empresários, autoridades, imprensa e parceiros do projeto acompanharam a apresentação dos detalhes da construção da fábrica de pellet no Distrito de Simonsen num terreno de 30 mil m². Na cerimônia, o prefeito Junior Marão e o diretor Zanoni assinaram a escritura pública da doação de 50% do terreno. As obras estão previstas para os próximos 90 dias com prazo de um ano para conclusão. O empreendimento conta com o apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o processo de financiamento encontra‐se na fase final de aprovação.
Em seu discurso para mais de 300 convidados, Zanoni agradeceu à cidade de Votuporanga e ao prefeito pelo apoio recebido. “O Brasil é líder mundial na produção de cana de açúcar e a BrasPellet em Votuporanga está num dos maiores centros de produção dessa matéria prima. Entre as razões que levamos em conta para investirmos nesta cidade, está a infraestrutura de rodovias, ferrovias, localização e, principalmente, seu histórico de ética e compromisso com o meio ambiente”. O diretor executivo do Grupo informou que pretende construir outras sete unidades brasileiras nos próximos cinco anos.
Zanoni discorreu ainda sobre a forma de produção do pellet e seus benefícios energéticos. “Nosso foco é o setor de energia renovável que é a energia do século XXI, a energia do futuro. O petróleo gerou progresso, mas sua história está ligada a guerras e degradação ao meio ambiente. O pellet tem grande concentração de energia, é tecnologicamente correto, não agride a natureza e substituirá combustíveis fósseis. De acordo com o CEO do Grupo, o pellet produzido pelo grupo é o único com homologação segundo as normas internacionais.
Outro ponto observado no evento, é que, além do bagaço de cana, a Braspellet terá a tecnologia para processar o resíduo gerado pela poda de árvore. “É uma solução ambientalmente correta para a destinação desses resíduos que poderá ser aproveitada por toda a região. Estamos muito contentes com a conquista dessa empresa que prima pelo meio ambiente e ainda trará desenvolvimento sustentável e geração de empregos para Votuporanga”, discursou o prefeito Junior Marão.
O deputado Federal, João Dado, parabenizou o prefeito “por cumprir sua plataforma de governo e estar sempre em busca da geração de empregos. Saúdo também os sócios e posso afiançar que esta ideia será difundida de maneira muito grande e extensa para todo o país. Além de preservar o meio ambiente, a BrasPellet incentivará o desenvolvimento econômico da região”.
Arquitetura
Os arquitetos responsáveis pelo projeto da construção da unidade em Votuporanga explicam que o conceito de energia limpa norteou todo projeto arquitetônico, para criar uma arquitetura sustentável, à medida que se adotou uma postura de ecoeficiência associada à implantação coerente e preocupada com o lugar. As premissas de eficiência energética vão além. A preocupação com a orientação dos ventos, da insolação e aproveitamento da chuva, além da garantia de um edifício que irá aproveitar melhor a luz e a ventilação natural, oferecerá aos usuários um lugar mais salubre, associado a uma agradável paisagem. “O conjunto arquitetônico foi pensado para se relacionar com o meio físico, oferecendo à cidade de Votuporanga um belo marco arquitetônico, edificado com materiais de baixo impacto ambiental e composição equilibrada”, conta a diretora da EcoAmbiental, Roberta Romeiro, que acompanha a instalação da empresa na cidade.
Tecnologia
Toda a produção de pellet em Votuporanga será feita através de um processo tecnológico próprio patenteado. A construção da fábrica inclui a abertura de um Centro Tecnológico de Pesquisa. “Além do bagaço da cana e da poda, iremos estudar a possibilidade do uso de outras biomassas, como o capim, por exemplo”, explicou Diego Zanoni.
