sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Idosa reage a assalto e esfaqueia acusados

A aposentada D.A.O.Z., 71 anos, reagiu a um assalto na manhã de ontem e esfaqueou dois acusados durante luta corporal travada na cozinha da casa onde mora, no Parque Industrial,…

A aposentada D.A.O.Z., 71 anos, reagiu a um assalto na manhã de ontem e esfaqueou dois acusados durante luta corporal travada na cozinha da casa onde mora, no Parque Industrial, em Rio Preto.

Os homens foram golpeados nas costas e tórax. Feridos, desistiram do assalto sem levar nada e pediram ajuda aos bombeiros em um orelhão do bairro.

A Polícia Militar foi chamada pelo marido da vítima, J.Z., 77, logo após a saída dos invasores. Quando faziam buscas no bairro, os policiais militares cruzaram as informações com os bombeiros e descobriram que Fabiano Motta de Souza, 27, e Jhonatas Bruno Sintra, 22, pediram socorro e fingiram terem brigado entre si na rua Delegado Pinto de Toledo, perto do telefone público de onde ligaram para o 193. A equipe do resgate encontrou os acusados deitados na calçada, ambos com hemorragia.

Os acusados foram medicados no Hospital de Base. Eles chegaram à unidade às 3 horas da madrugada. Segundo a assessoria do hospital, Souza levou uma facada na região dorsal (costas) e Jhonatas tinha um corte no lado direito do tórax.

Eles receberam pontos para sutura dos ferimentos e foram liberados às 10h de ontem.

Do HB, os acusados seguiram escoltados por policiais até a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde aguardarão vaga no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.

Encapuzados

A mulher diz que foi surpreendida pelos acusados com os rostos cobertos por capuzes à 1h15, quando regava as plantas da calçada com o portão lateral do quintal aberto. “Cada um deles me segurou pelos braços e me trouxe para dentro (da casa). Um deles mandava o outro me matar, nem sei como consegui escapar”, disse a mulher.

O marido da aposentada estava na sala e ouviu o barulho. Ao chegar na cozinha com um controle remoto em mãos foi atacado pelos acusados. “Devem ter confundido o controle com uma arma”. Um deles, dizem as vítimas, pego um espeto de churrasco na gaveta do armário e partiu para cima do morador.

A mulher, que estava em poder do outro invasor, conseguiu se livrar, apanhou uma faca de cozinha e golpeou pelas costas o homem que estava com o espeto na mão. O segundo acusado tentou defender o comparsa e também foi golpeado. “Nem sei onde consegui forças para fazer isso, nunca imaginei uma situação assim. Tenho certeza que se não tivesse feito teria sido morta junto com meu marido”, afirmou a aposentada, que sofreu um corte na mão esquerda.

A violência apavorou os parentes do casal, que mora há 33 anos na rua Marechal Deodoro. “Ela foi um pouco negligente ao ficar na rua e deixar o portão aberto durante a madrugada, mas a violência dos ladrões é absurda”, disse o genro da idosa. Apesar do ataque, o casal não pretende se mudar. “Estamos preocupados, mas eles querem ficar aqui (na casa)”.

Para PM, vítima não deve reagir

A polícia desaprova reação em casos de assaltos como o sofrido pelo casal de idosos de Rio Preto.

Para o comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, coronel Gilmar Torres Peres, reagir pode trazer consequências graves, como a morte das vítimas.

De acordo com Torres, a idosa contou com a sorte. “O caso poderia terminar em tragédia”, disse o coronel. Já a idosa acredita que se não tivesse esfaqueado os invasores teria morrido em razão da violência e das ameaças feitas pelos acusados.

Segundo o coronel, o fundamental às vítimas é manter a calma e observar as características e detalhes dos criminosos. “O importante é observar a cor da roupa, fisionomia, idade dos agressores, dados de veículos, tudo que for possível para ajudar a polícia a prender os criminosos”.

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