A Polícia Civil de Cardoso iniciou ontem a investigação da morte do motociclista Danilo Venâncio Peres, 20 anos, que teve o pescoço quebrado por uma corda que fechava a rua perto da escola Juliano Cangani, no distrito de Vila Alves, durante a eleição do último domingo.
A polícia apura se houve negligência da Prefeitura de Cardoso na instalação da corda e falta de sinalização.
Segundo a família de Peres, a corda foi amarrada em duas estacas na calçada por funcionários municipais, sem qualquer sinalização para que fosse visualizada pelos motoristas a distância. Em nota, a prefeitura nega a falha e afirma ter cumprido determinação da Justiça Eleitoral para isolar os pontos de votação. Uma sindicância administrativa foi iniciada para apurar se os funcionários designados para o serviço tiveram responsabilidade no acidente.
Segundo o delegado Rogério Montouro, um inquérito vai apurar se ouve imprudência ou culpa do poder público. Testemunhas do acidente, parentes e representantes da prefeitura serão interrogados nos próximos dias. “O resultado da investigação será relatado à apreciação da Justiça”, disse Montouro.
O juiz eleitoral da comarca, Roginer Garcia Carniel, não foi encontrado ontem. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que o juiz pode solicitar a demarcação dos locais de votação a 100 metros, mas não esclareceu o tipo de isolamento da rua feito em Vila Alves.
Queda
Segundo Marcos Venâncio Peres, 30, irmão da vítima, com o forte impacto, o motociclista caiu e bateu com a cabeça no chão. O atestado de óbito em poder da família afirma que o jovem morreu de traumatismo craniano e trauma raqui-medular alto (fratura do pescoço). O corpo foi enterrado às 12h, em Vila Alves. Ele era solteiro, evangélico e sonhava ser pastor.
