quarta-feira, 25 de setembro de 2024
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Cultura de Votuporanga realiza oficina de percussão

Começa nesta terça-feira (9) e se estenderá até o próximo dia 12, no ECOTUDO, uma Oficina de percussão de bateria de Escola de Samba, direcionada para os ritmistas das entidades…

Começa nesta terça-feira (9) e se estenderá até o próximo dia 12, no ECOTUDO, uma Oficina de percussão de bateria de Escola de Samba, direcionada para os ritmistas das entidades carnavalescas de Votuporanga.

O evento é realizado pela comissão organizadora do Carnaval 2011, em parceria com a LESVO – Liga das Escolas de Samba de Votuporanga, com o apoio da Prefeitura de Votuporanga, por intermédio da Secretaria de Educação, Cultura e Turismo.

Segundo o Diretor do Departamento de Cultura, Jorge Xavier, “esta capacitação vem de encontro com a busca de políticas públicas sugeridas anteriormente por nossa pasta; sendo que ela oferecerá oportunidade a quem deseja se tornar os novos ritmistas de nossa cidade e reciclando aqueles que já tem experiência no carnaval”, disse Xavier.

As aulas serão gratuitas e acontecerão no ECOTUDO, das 14 às 18h e das 19h às 22h. A oficina é aberta a todos os interessados e, para participar, basta comparecer ao local das aulas, no bairro da Estação.

De acordo com o idealizador da ação, o carnavalesco Silvio Vieira, presidente da comissão Carnaval 2010, “a oficina é fundamental para reciclarmos o ritmo do samba em nossa cidade, já que existe uma constante evolução rítmica nas escolas de samba de São Paulo e Rio de Janeiro, razão pela qual esta será uma grande oportunidade para aprimorarmos o samba votuporanguense, pois no próximo ano, voltaremos com os desfiles das escolas de samba”, acredita.

“Estaremos em Votuporanga para realizar um grande intercâmbio cultural e, conhecendo a tradição do carnaval votuporanguense, tenho a expectativa de colher bons frutos no resultado final da oficina”, comenta o Mestre Diego Zupo, responsável direto por toda metodologia aplicada no curso, que possui vasta experiência nas baterias das grandes escolas do eixo São Paulo-Rio. Os demais facilitadores são companheiros de escola de Mestre Diego: Gui da Cuíca e Kabide.

Para tornar o evento totalmente gratuito, além do Departamento de Cultura, buscou-se apoio junto à iniciativa privada, como o patrocínio da Palace Eventos, entre outras.

Conteúdo da oficina

Durante esta semana, os alunos aprenderão a definição de postura das pessoas dentro da bateria; a postura dos diretores de bateria perante seus ritmistas; e como transmitir o valor e mensurá-lo para todas as pessoas envolvidas no projeto “O valor do samba”.

Além disso, a oficina ensinará a tocar os principais instrumentos da bateria: os Surdos (de Primeira, Segunda e Terceira), a caixa Malacacheta, os repiques, chocalhos e tamborins.

Currículo Simplificado dos Facilitadores

Diego Terni Prete Ferraz Zupo: É “musico de quintal” com muito orgulho, “pegou” amor ao samba desde pequeno, quando, com apenas 11 anos, se apaixonou pelo som do tamborim.

Apesar das referencias rítmicas latinas, do flamenco à salsa cubana, ficou com o samba nativo, porém sem fechar o leque. Seguidor do batuque dos Originais do Samba e fã da malemolência de Cartola, afirma que sempre buscou a “perfeição de uma batida imperfeita”.

Em 2003, passou a freqüentar a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel; em 2003, já na Camisa Verde e Branco, ganhou o primeiro “Estandarte de Ouro” de Bateria. Em 2005, passou a estudar percussão e, dois anos depois, já se tornava diretor de bateria da Mancha Verde.

Em 2009, voltou à Camisa Verde e Branco, como diretor de bateria, fazendo todas as convenções rítmicas de uma bateria. Também desfilou em outras escolas, dentre as quais a X9, Águia de Ouro, Acadêmicos do Tucuruvi, Tom Maior e Império de Casa Verde.

Guilherme Castellani Gomes dos Reis: conhecido no mundo do samba como “Gui da Cuica”, é musico, com verdadeira adoração pela musica popular brasileira, particularmente pelo samba. Recebeu a preciosa influência de seu avô, que o despertou para a beleza da flauta maravilhosa de Altamiro Carrilho, para as vozes inconfundíveis de Mario Reis, Noel Rosa e Ismael Silva, entre outros. Desde pequeno, sempre gostou do “choro” da cuíca e, ao crescer, transformou essa adoração em profissão.

Em 2006, passou a fazer parte do Projeto Vinagrete, onde se mantém até hoje. É integrante e diretor do Conselho Deliberativo do GRES “Camisa Verde e Branco”, onde também é diretor da Ala de Cuíca.

No carnaval paulistano, desfila também pela Mancha Verde, Tom Maior, Pérola Negra, Acadêmicos do Peruche, Império da Casa Verde e Rosas de Ouro.

Rafael “Kabide” Cardoso: nascido em Santo André, 1983, aos 20 anos começou a tocar com um grupo de samba, “Só Resenha”, onde ficou um ano tocando só por prazer e satisfação de estar com seu amigos.

Em 2004, foi convidado a participar do “Nosso Auê”, passando a tocar profissionalmente nas melhores casas de show da capital paulista. Há quase dez anos é ritmista da Camisa Verde e Branco, e já desfilou em diversas escolas de samba.

Entre 2007 e 2008, junto com amigos, montou o “Moleques”, um dos mais aplaudidos grupos de samba da paulicéia. Atualmente, integra o grupo de pagode “Nossa Batucada.

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