O promotor Maurício Lopes afirmou nesta quinta-feira que irá recorrer da decisão da Justiça Eleitoral, que absolveu o deputado eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o palhaço Tiririca, da acusação de falsidade ideológica.
Recordista nas urnas, com mais de 1,3 milhão de votos, Tiririca teve de passar por testes no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo para provar ser capaz de ler e escrever.
Ele também era acusado de apresentar uma declaração de alfabetização falsa para concorrer nas eleições.
Lopes afirmou que já está fazendo o recurso e deve entregá-lo até segunda-feira.O promotor chegou a pedir à Justiça que o deputado eleito fosse condenado a cinco anos de prisão.
A atuação do promotor no caso já levou a Corregedoria do Ministério Público a abrir uma investigação para apurar eventuais excessos dele na busca por uma condenação do humorista.
Ele também apresentou à Justiça um parecer de uma fonoaudióloga do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo que acompanhou a audiência na qual Tiririca foi submetido a um teste de ditado e leitura.
Ela apontou que o humorista apresentou sérias dificuldades no teste e pode ser classificado como analfabeto funcional.