sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Há 4 anos, “Militão” é o “Papai Noel” dos pobres em Fernandópolis

Segundo conotações e interpretações clássicas do dia 25 de dezembro, “o natal é para todos”.Mas quem conhece a dura realidade de passar dificuldades até para se alimentar diariamente em casa…

Segundo conotações e interpretações clássicas do dia 25 de dezembro, “o natal é para todos”.Mas quem conhece a dura realidade de passar dificuldades até para se alimentar diariamente em casa sabe que essa frase não coincide com a realidade.

O natal é sim, para todos, mas para uns, a ceia e o presente são objetos de sonho e de difícil acesso. Porém, há quatro anos na cidade surgiu uma pessoa chamada Milton Graciano dos Santos, de 54 anos, um catador de reciclável mais conhecido como “Militão”.

E com a boa ação realizada por ele a frase discutida no início da matéria ficou um pouco mais próximo do real para grande parte da população fernandopolense.

Desde 2007 ele, com ajuda de doações e participação de amigos organiza,defronte à sua humilde residência, localizada no Jardim Rosa Amarela, uma festa de Natal gratuita para todas as crianças e pessoas da cidade que ali quiserem comparecer.

Com um palco improvisado em cima de um caminhão velho e um uniforme de Papai Noel, “Militão” se transforma no homem mais importante da cidade nessa época do ano.

E assim como o faz a algum tempo,na última quinta-feira(23) ele foi, mais uma vez, o “bom velhinho” dos pobres.

A festa reuniu cerca de 600 crianças e outros populares. Os moradores dançaram ao som das músicas programadas pelo “DJ Pipoca” e comeram cachorro quente, onde saborearam também vários tipos de refrigerantes, todos doados por pessoas físicas e jurídicas do município.

Até brinquedos foram distribuídos às crianças, que enxergaram em cada objeto ganho pelas mãos de “Militão”, uma oportunidade de ter uma infância feliz.

Em contato com o RN, “Militão” falava pausadamente para conseguir terminar de se expressar sem chorar. O humilde catador de reciclável definiu assim para a reportagem a sua boa vontade com a população carente:

“Em uma época da minha vida eu fiquei doente entre a vida e a morte, então conversei com Deus e recebi essa missão. Muita gente faz festa, peru assado, champagne, vinho importado, e eu troco tudo isso para ajudar a quem realmente necessita. Até o fim da minha vida, enquanto eu agüentar vou estar nessa luta, para conseguir olhar para uma criança e ver que ela está feliz com o que faço”…..(emoção)…

O RN lembra a todos os leitores que “Militão também faz parte desse grupo de pessoas carentes que ele mesmo cita, porém, com muita riqueza ele se desdobra, todos os anos, para que o “espírito natalino” cresça no coração de mais gente que o “elitismo interminável” de nosso país consegue alcançar.

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