sábado, 21 de setembro de 2024
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Morte de gêmeas em 2007 rende condenação pela Justiça de Fernandópolis

Os médicos Osny Renato Martins Luz, Roberto Penna e Antonio Flumignan foram condenados a pouco mais de um ano em regime aberto e pagamento de R$ 15 mil e 12…

Os médicos Osny Renato Martins Luz, Roberto Penna e Antonio Flumignan foram condenados a pouco mais de um ano em regime aberto e pagamento de R$ 15 mil e 12 cestas básicas cada um pela morte das filhas gêmeas da paciente Rita de Cássia dos Santos, mortas no dia 10 de dezembro de 2007 na Santa Casa de Fernandópolis.

As gêmeas morreram enquanto aguardavam vaga na UTI neonatal em hospitais da região, já que no município não há esse tipo de especialidade. Alegando que esperavam a disponibilização da vaga, os médicos inibiram o trabalho de parto da mãe, que teve início de maneira prematura, por quase dois dias, até que houvesse a remoção para a unidade especializada.

Layane Mara morreu no dia 11 de junho, ainda na barriga da mãe. Já Lorraine Vitória nasceu no dia 12, foi transferida à UTI neonatal da Santa Casa de Jales, mas morreu dois dias depois. A falta de vagas para bebês na UTI levou o Ministério Público de Fernandópolis a entrar com ação civil pública para que o Estado implantasse uma UTI neonatal com oito vagas na Santa Casa do município.

Na decisão, o juiz Vinicius Castrequini Bufulin, da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, entendeu que os médicos foram imprudentes, negligentes e agiram com imperícia no atendimento a gestante. “O que foi determinante para a morte de um feto e para o nascimento e morte de outro”, diz no documento. O caso foi enquadrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O médico Antonio Carlos de Souza Flumignan foi condenado a um ano e dois meses de prisão em regime aberto, pagamento de R$ 15 mil à família da vítima e a doação de 12 cestas básicas a orfanato. José Roberto Penna e Osny Renato Martins Luz foram condenados a um ano e seis meses em regime aberto, além do pagamento da mesma quantia em dinheiro e doação das cestas básicas.

Para o promotor Denis Henrique Silva, que fez a denúncia no dia 24 de maio de 2010, a decisão fez valer a Justiça, uma vez que a paciente (mãe dos bebês) não foi monitorada de forma adequada. Além disso, segundo ele, os médicos não atualizaram o pedido de vaga na Central de Regulação de Vagas da Secretaria de Estado da Saúde.

Fonte:Jornal Diário da Região

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