domingo, 22 de setembro de 2024
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Preso do CDP morre de doença misteriosa

O Estado investiga a morte misteriosa do detento Rony Ribeiro Serafim, 20 anos, domingo, em Rio Preto. Ele estava preso por tráfico de drogas, há sete meses, no Centro de…

O Estado investiga a morte misteriosa do detento Rony Ribeiro Serafim, 20 anos, domingo, em Rio Preto. Ele estava preso por tráfico de drogas, há sete meses, no Centro de Detenção Provisória (CDP), passou mal na última sexta-feira e foi internado no Hospital de Base no mesmo dia, mas não resistiu. No atestado de óbito, consta que sofreu insuficiência respiratória, pneumonia hemorrágica e doença infecciosa a esclarecer.

É a segunda morte parecida que envolve preso do centro de detenção no período de 15 dias, o que teria deixado apreensiva a comunidade carcerária. Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, foi aberto procedimento disciplinar apuratório e apuração preliminar para averiguar possíveis irregularidades funcionais na morte de Serafim.

A família do preso reclama do tratamento dispensado à Serafim na unidade prisional. A fiscal de caixa D.R., 22 anos, afirma que o irmão não recebeu a devida atenção, mesmo após apresentar os sintomas mais severos. Lembra que, há 15 dias, ele começou a sentir dores pelo corpo, cabeça e garganta, além de dificuldade para respirar. Foi e voltou várias vezes na enfermaria do CDP.

Segundo a fiscal, as dores surgiram na mesma época que o outro preso morreu. Serafim, diz, ajudou a carregar o corpo do colega. “Na quarta-feira passada, o advogado visitou meu irmão e ele estava bem. Na sexta,não parava em pé. O quadro de saúde se agravou até morrer. É uma situação revoltante.”

Outra reclamação da família é que o HB, que prestou o último atendimento, não avisou a família sobre a internação. Nem mesmo o óbito. “Soubemos por meio da PM, que esteve em casa, domingo, às 4h. No hospital, meu irmão ficou no quarto, apesar da gravidade.” D. conversou com parentes de outros detentos. “O pessoal (presos) está preocupado. Ninguém sabe que doença é essa.”

Os advogados de Serafim, que pediram anonimato, afirmam que vão esperar a causa da morte ser esclarecida para definir o que será feito. Vão ingressar com ação na Justiça por danos morais se for comprovada negligência no atendimento prestado no CDP.

Fonte:Jornal Diário da Região

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