sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Jales adere ao fim do uso de sacolas plásticas em supermercados

Na busca de um planeta mais verde, o Estado de São Paulo travou uma luta acirrada e proibiu, desde a quarta-feira, dia 25 de janeiro, o uso de sacolas plásticas…

Na busca de um planeta mais verde, o Estado de São Paulo travou uma luta acirrada e proibiu, desde a quarta-feira, dia 25 de janeiro, o uso de sacolas plásticas derivadas do petróleo em supermercados. Em Jales, a medida também entrou em vigor. Pelo acordo, voluntário entre o Governo do Estado e a Associação Paulista de Supermercados (Apas), os supermercados deixarão de fornecer as sacolinhas gratuitamente para os consumidores e passarão a oferecer alternativas para o transporte das compras, como a utilização de sacolas biodegradáveis compostáveis feitas de amido de milho e reutilizáveis, que já estão sendo vendidas a preço de custo.
O grande objetivo da medida é tirar de circulação aproximadamente 2,5 bilhões de sacolinhas que são distribuídas mensalmente em todo o Estado. Para efeito de conscientização, lojistas deverão incentivar o uso de sacolas retornáveis, caixas de papelão e carrinhos de feiras como alternativas. Em duas grandes redes de supermercados de Jales, as sacolas retornáveis estão sendo vendidas por cerca de R$ 2,99 a unidade, e a biodegradável por R$ 0,19. Vale ressaltar que os supermercados estão incentivando os consumidores a levarem suas próprias sacolas até as lojas para transportarem as compras.
De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o Brasil produz 210 mil toneladas de plástico filme, matéria prima das sacolas, ao ano. Em aterros sanitários elas podem demorar mais de 100 anos para se decompor e se misturar ao solo. Uma sacola biodegradável, segundo a mesma secretaria, demora cerca de 180 dias para se desfazer em usinas de compostagem e apenas dois anos em aterro.
Luiz Henrique Viotto (Macetão), presidente da Câmara Municipal de Jales, disse que aprova a medida e contou que já havia apresentado um Projeto de Lei visando a proibição da distribuição gratuita de sacolas plásticas em supermercados do município. “Apresentei o Projeto de Lei nº 139/2011 que dispunha sobre a proibição da distribuição das sacolinhas plásticas em mercados de nossa cidade, alegando que estabelecimentos comerciais devem estimular o uso de sacolas reutilizáveis e ainda afixarem placas informativas com dimensões de 40 x 40 cm, junto a locais de embalagens e caixas registradoras com os dizeres: ‘Poupe recursos naturais! Use sacolas reutilizáveis’. Infelizmente meu projeto não foi aprovado”.
Porém, outro Projeto do vereador Macetão, foi aprovado pela Câmara Municipal em 26 de setembro de 2011 e sancionado e promulgado pelo prefeito Humberto Parini em 14 de outubro de 2011, dispondo sobre a obrigatoriedade da utilização de folhetos de divulgação de produtos de supermercados e congêneres a conterem a frase ‘Traga sua sacola ecológica’. Segundo o prefeito, a medida que entrou em vigor na quarta-feira é extremamente válida, uma vez que “o plástico, matéria prima das sacolinhas, quando jogado no meio ambiente causa danos irreparáveis. Portanto, nada mais correto que fazermos leis que consigam reduzir ou erradicar o uso desse tipo de embalagem, garantindo mais qualidade de vida às pessoas. É muito importante também o trabalho de conscientização da população para que passem a fazer uso de sacolas ecológicas”.
Clientes consultados nos supermercados aprovam e dizem que a iniciativa deveria ter sido tomada há pelo menos dez anos. Para a maioria dos consumidores a campanha foi muito bem divulgada e aceita em todas as classes sociais.
Diante de dados alarmantes, em todo o mundo está em curso um movimento para diminuir ou erradicar o uso de sacolas plásticas, a partir de medidas que vão desde a punição até a conscientização de clientes sobre a importância do uso de sacolas feitas com materiais alternativos. Nos Estados Unidos, por exemplo, país que utiliza 100 bilhões de sacolas plásticas, alguns Estados decidiram utilizar sacolinhas feitas com papel reciclado ou utilizar goma de milho e de batata como matéria prima para a fabricação das embalagens. Na Irlanda, o governo criou imposto específico para inibir o uso e obteve redução de 90%. O recurso arrecadado é utilizado em ações de proteção ambiental.(Assessoria de Imprensa)

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