sábado, 21 de setembro de 2024
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Idoso que matou e queimou jovem tem pedido negado na Justiça

Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo negaram o recurso da defesa de Manoel Américo da Costa, de 67 anos, único suspeito de ter matado a jovem Priscila de…

Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo negaram o recurso da defesa de Manoel Américo da Costa, de 67 anos, único suspeito de ter matado a jovem Priscila de Souza, de 22 anos, no dia 3 de setembro de 2010. Com a decisão, a previsão é que ele seja submetido a júri popular ainda neste ano.

Quase um ano depois do homicídio da jovem Priscila de Souza, que foi morta estrangulada e queimada em um canavial no dia 3 de setembro do ano passado, a família da vítima ainda convive com a dor da perda, mas espera ter a justiça como conforto. Por outro lado, o único suspeito apontado como autor do homicídio, Manoel Américo da Costa, de 66 anos, segue preso, aguardando a definição judicial sobre o julgamento. Na época, o crime e seus desdobramentos foram amplamente divulgados pela mídia regional.

Priscila de Souza, morta aos 22 anos, trabalhava em uma indústria de móveis em Votuporanga e cursava corte e costura no período noturno no Senai/Cemad. Ela deixou uma filha, Maria Luiza, hoje com 3 anos de idade. Já o suposto assassino, Manoel, era beneficiário do INSS, por ser praticamente cego de um olho. Desquitado e pai de quatro filhos.

Segundo inquérito entregue ao Ministério Público, foi apurado que Manoel teria cometido o crime porque matinha uma relação íntima com Priscila, fato que os familiares negaram. Preso instantes depois do crime, o acusado teria dito na delegacia, ao delegado João Donizete Rossini, que se encontrou com a jovem no dia do crime, no início da noite, porque pretendia cobrar uma dívida que tinha com ela. Os dois foram então para a estrada, onde uma discussão desencadeou o homicídio e toda a sequência envolvendo o incêndio do canavial e o acidente, que segundo investigações, que a acusação acredita que foi forjado pelo autor para criar um álibi afim de confundir o trabalho da polícia. Porém, em audiência, o acusado teria dito negado os fatos, alegando não ser o assassino da jovem.

Nessa semana, a reportagem do jornal A Cidade entrou em contato com o irmão de Priscila, o montador Jorge Luiz de Souza, que afirmou que a família ainda sofre a perda jovem e que a resolução do caso ao menos trará conforto, com sensação de que o correto foi feito.
“A família espera por justiça. Ainda estamos todos transtornados, ainda mais agora, prestes a completar um ano que nossa irmã foi assassinada. Vejo minha mãe tentando se recuperar, superar, mas não é fácil para ela ter perdido a filha, ainda mais sendo abandonada e queimada em um canavial. Meu pai também sofre, pois era quem mais ajudava ele. A filhinha de Priscila, mesmo pequenina, as vezes lembra e chama pela mãe”, afirmou.

Quanto a expectativa sobre o julgamento de Manoel Américo da Costa, Jorge acredita que de qualquer formar, o “grande mal” já foi feito, e que não é o que vai acontecer de agora em diante que servirá para justificar a morte da irmã. “Para a gente está sendo muito difícil, pois o crime já destruiu a família. Vamos seguindo em frente.

Esperamos sim que a justiça seja feita e que o assassino pague, mas não por vingança e nem acreditando que vai trazer nossa irmã de volta, mas por ser a única sensação de conforto que podemos ter”.

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