A família vítima de sucessivos abusos incestuosos de Brasitânia, distrito de Fernandópolis, tem resistido ao tratamento psicológico oferecido pela prefeitura.
“Ao mesmo tempo que idolatram o chefe da família, eles não acreditam que precisam ser tratados, porque, para eles, o pai não cometeu crime algum”, diz a secretária de Assistência Social do município, Flávia Resende. O aposentado Carlos (os nomes são fictícios), 56 anos, está preso desde outubro de 2011, e responde a processo na Justiça por estupro de vulnerável – é acusado de abusar sexualmente da neta Manuela, 14 anos, pelo período de seis anos.
A polícia e o Ministério Público suspeitam que os cinco filhos de Aline, filha de Carlos, são também filhos dele – duas delas têm problemas mentais. O exame de DNA para comprovar a paternidade ainda não ficou pronto.
O advogado de Carlos, Bruno Miranda de Carvalho, protocolou na Justiça o pedido de exame mensal no réu, que atualmente está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Andradina, em ala destinada a detentos acusados de crimes sexuais. Caso seja considerado insano, a prisão será substituída por medidas como a internação e o tratamento.