sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Cana deve movimentar R$ 3,481 bilhões em Fernandópolis e região

O ciclo da cana-de-açúcar 2012/2013 deve movimentar cerca de R$ 3,481 bilhões apenas na parte agrícola. O montante foi calculado com base em estimativas subjetivas realizadas no mês de fevereiro…

O ciclo da cana-de-açúcar 2012/2013 deve movimentar cerca de R$ 3,481 bilhões apenas na parte agrícola. O montante foi calculado com base em estimativas subjetivas realizadas no mês de fevereiro nos 96 municípios que integram os escritórios de desenvolvimento regional (EDRs) da Região Administrativa de Rio Preto. Dados obtidos nas unidades da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) revelam a utilização de 848,1 mil hectares em produção de cana que podem resultar numa produção de 68,846 milhões de toneladas de matéria-prima a ser processadas nas usinas do Noroeste paulista.

O engenheiro agrônomo Gilberto Penilson, do EDR de Jales, prevê que a produtividade média nos municípios de Jales seja, nesta safra de 89,6 toneladas por hectare. “Jales é o EDR com menor área de cana-de-açúcar da região”, afirmou. A expectativa é de que o próximo levantamento da Secretaria de Agriccultura de São Paulo registre reduções de produtividade e do volume de cana a ser colhido.

No EDR de Votuporanga, o engenheiro agrônomo Carlos Alberto de Luca estima que a produtividade média de 70 toneladas de cana por hectare enquanto Isabela Campbell, engenheira agrônoma do escritório de Rio Preto estima produtividade média nos 24 municíios subordinados à unidade, em torno de 78,2 toneladas por hectare. O engenheiro Mauro Macci, do EDR de Fernandópolis, por exemplo, acredita que a estimativa realizada pela Cati e pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) já deverá apresentar correções por causa do clima dos primeiros meses.

Dados colhidos e enviados pelo EDR de Fernandópolis ao IEA em fevereiro apontaram uma produtividade média de 83,4 toneladas de matéria prima por hectare. João Aoki, engenheiro agrônomo da Associação dos Plantadores de Cana da Região de Monte Aprazível (Aplacana), acredita em redução de produtividade em consequência da irregularidade na ocorrência de chuvas e também pela redução no índice pluviométrico. “Este ano, o pluviometro da associação registrou cerca de 400 milímetros de chuva, enquanto no ano passado, neste mesmo período, o total registrado chegava a 900 milímetros. Foi mais que o dobro.”

Outro fator que também deve reduzir a produtividade é o ritmo de renovação dos canaviais. Aoki citou como exemplo a própria Aplacana. “Temos 40 mil hectares dos associados com canaviais e cerca de 19 mil hectares estão com mais do que cinco cortes”.

A pesquisadora do IEA Denise Caser afirmou que os dados referentes a intenção de produção recebidos pelo instituto ainda estão em tabulação e explicou que para fazer estimativa do valor de produção de cana adota o valor do Açúcar Total Recuperavel (ATR) do mês anterior.

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