sábado, 21 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Henri Dias usa Tribuna Livre da Câmara e fala sobre AVCC de Fernandópolis

Nesta terça-feira, 17, o advogado Henri Dias, assessor jurídico da Associação de Voluntários no Combate ao Câncer de Fernandópolis (AVCC) usou a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores para falar…

Nesta terça-feira, 17, o advogado Henri Dias, assessor jurídico da Associação de Voluntários no Combate ao Câncer de Fernandópolis (AVCC) usou a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores para falar sobre a entidade. O convite partiu da vereadora Cândida de Jesus Silva Nogueira, com o objetivo de prestar contas à população e apresentar um balanço das ações firmadas com a Fundação Pio XII de Barretos.
O advogado, que também é presidente da OAB Fernandópolis, lembrou em seu discurso a trajetória da entidade, fundada em 1998, as motivações e a importância da sua existência. “No início, o objetivo era unicamente dar apoio espiritual aos doentes, porém logo em seguida começaram a fornecer lanches aos pacientes e familiares que viajavam para São José do Rio Preto e Barretos. Daí para os voluntários visitarem os doentes nas suas casas e detectar outras necessidades foi um pulinho e logo já auxiliavam na aquisição de alimentos, medicamentos, fraldas, bolsas de colostomia e até faziam curativos. O sucesso foi imediato e todos ajudavam como podiam. O passo seguinte foi a transformação da associação num hospital e em pouco tempo o sonho começou a se tornar realidade, com a inauguração do prédio e a realização dos procedimentos de pequenas cirurgias e exames de diagnóstico”, enfatizou Henri ao falar sobre a trajetória e o reconhecimento dos trabalhos na luta contra o câncer.
Também fez parte do discurso do representante jurídico da entidade a participação política na condução das atividades da AVCC, ressaltando que a entidade nasceu e cresceu exatamente por não ter nenhuma ajuda política de peso e que sua derrocada deveu-se exatamente por continuar a não contar com nenhuma ajuda política de peso. A solução encontrada pelos voluntários foi transferir a gestão para Barretos, centro de referência mundial e detentor de praticamente todos os recursos governamentais, nas esferas estadual e federal.
Para o advogado a lição que se tira desses fatos é simples: a força do voluntariado é imensa e não pode ser desprezada. “A verdade é que o sonho de cada um dos voluntários continuará sendo transformado em realidade, agora pelas mãos do Hospital de Barretos. Devemos parabenizar cada um dos voluntários, que foram heróis e fizeram por merecer esse reconhecimento. Cada um deles pode olhar nos olhos de seus filhos e netos e dizer, com a certeza do dever cumprido: eu fiz a minha parte!” disse Henri.
Na parte final do pronunciamento, Henri destacou que a AVCC continuará existindo e não pode prescindir da ajuda dos vereadores, sob pena de ser obrigada a fechar suas portas, o que não se admite, uma vez que o próprio Henrique Prata, presidente do Hospital de Câncer de Barretos, afirmou que “o atendimento home care, aquele que é feito na casa do paciente com câncer, não é nem nunca foi promovido por Barretos, mas continuará sendo feito aqui em Fernandópolis com a ajuda exclusiva dos voluntários da AVCC”.
Além disso, Henri destacou que “o voluntariado continuará promovendo os leilões beneficentes, porém, da renda auferida, 80% serão repassados à Barretos e 20% para a AVCC custear suas atividades sociais e assistenciais. O mais importante é que o valor repassado à Barretos deverá ser, obrigatoriamente, revertido à unidade de Fernandópolis, a demonstrar que a entidade precisa continuar recebendo apoio da população e dos vereadores”.
Dando seqüência no pronunciamento, Henri fez uma exortação aos vereadores para que “continuem ajudando cada uma das entidades existentes em Fernandópolis, como sempre fizeram, pois a única razão para a existência das tantas entidades assistenciais em nossa cidade é exatamente porque o poder público infelizmente não cumpre a sua parte e as entidades suprem a falha do poder público. A ineficiência do poder público é que produz e motiva a ação dos voluntários”.
Por fim, alertou que “tão ou mais importante do que aprovar verbas para as entidades da cidade é fiscalizar se essas verbas estão realmente sendo repassadas. Não basta que os vereadores façam sua parte, como, aliás, sempre fizeram, aprovando essas verbas. É preciso que façam ainda mais, fiscalizando se essas verbas estão realmente chegando ao seu destino. E nós estamos cansados de saber que infelizmente isso não tem acontecido em nossa cidade. A Câmara tem aprovado sistematicamente as verbas, porém essas verbas não vêm sendo repassadas ou então estão sendo repassadas com atraso. Com grande atraso, aliás, isso é público e notório”, encerrou.
Ao final, o advogado agradeceu a Câmara de Vereadores pela oportunidade e pela existência da Tribuna Livre, considerada por ele uma “oportunidade ímpar do cidadão comum falar com o legislativo e com a própria população sobre assuntos de interesse da cidade”.

Notícias relacionadas