sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Islamita é o primeiro presidente eleito do Egito após queda de Mubarak

Milhares de egípcios lotavam neste domingo (24) a praça Tahrir, no centro do Cairo, para comemorar a vitória nas eleições presidenciais de Mohamed Mursi. O candidato da Irmandade Muçulmana foi…

Milhares de egípcios lotavam neste domingo (24) a praça Tahrir, no centro do Cairo, para comemorar a vitória nas eleições presidenciais de Mohamed Mursi. O candidato da Irmandade Muçulmana foi declarado hoje o primeiro presidente do Egito desde que uma revolta popular derrubou Hosni Mubarak. A junta militar que governa o país desde a queda do regime de Mubarak afirmou que irá entregar o cargo da presidência ao vencedor das eleições até o dia 30 de junho.

“Deus é o maior” e “abaixo o regime militar” eram alguns dos slogans entoados pelos manifestantes, enquanto fogos de artifício eram lançados, depois que a comissão eleitoral declarou formalmente o candidato da Irmandade Muçulmana como vencedor.

O presidente da Comissão Eleitoral Suprema do Egito, Farouk Sultan, anunciou em entrevista coletiva que Mursi obteve 13.230.131 votos válidos (51,73%), contra os 12.347.380 (48,27%) recebidos por seu concorrente, o general reformado Ahmed Shafiq, no segundo turno do pleito, realizado nos dias 16 e 17 deste mês.

A vitória de Mursi o torna o primeiro presidente do Egito após a queda de Hosni Mubarak, ocorrida em fevereiro de 2011, e leva a Irmandade Muçulmana à Presidência pela primeira vez em seus 84 anos de história, a maioria deles na ilegalidade.

Tanto Mursi como Shafiq haviam proclamado vitória ao longo desta semana, alegando dados coletados por suas respectivas equipes de campanha.

Sultan revelou que 26.420.763 eleitores foram às urnas no segundo turno, 51,85% dos quase 51 milhões de egípcios convocados a votar. O presidente da Comissão Eleitoral destacou ainda que foram revisados pedidos de impugnações nos resultados em cerca de cem mesas eleitorais das mais de 13 mil nas quais os egípcios puderam depositar suas cédulas.

A decisão da Comissão Eleitoral não pode ser impugnada nem sofrer apelação por parte dos candidatos, ao ser a última instância responsável pelo pleito.

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