domingo, 22 de setembro de 2024
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Gripe suína mata dona de casa na região

A dona de casa Sandra Regina da Silva Ferraz, 34 anos, morreu na madrugada de segunda-feira no Hospital de Base, em Rio Preto, vítima de gripe suína. Moradora de Alta…

A dona de casa Sandra Regina da Silva Ferraz, 34 anos, morreu na madrugada de segunda-feira no Hospital de Base, em Rio Preto, vítima de gripe suína. Moradora de Alta Floresta, no Mato Grosso, ela é a terceira paciente a morrer em Rio Preto em decorrência da doença e a décima-primeira da região noroeste. A mulher contraiu a gripe na cidade. Ela passava por um tratamento contra um linfoma no Hospital de Base. Segundo familiares, Sandra havia passado por dois transplantes de medula e estava bem até contrair a gripe.

“O último transplante foi realizado em maio e nas primeiras semanas de junho ela teve alta do hospital e foi para a Capacc, porém pegou uma gripe e teve que ser internada novamente”, explica a amiga Fátima Sinhosin Almeida, 54 anos, que durante 50 dias acompanhou Sandra no tratamento.

No dia 25 de junho, a Secretaria de Saúde de Rio Preto confirmou o diagnóstico de gripe A. Segundo a mãe dela, Benedita Gazola da Silva, 72 anos, a filha permaneceu por 15 dias na UTI combatendo a gripe.
“Minha filha venceu dois tumores e por causa de uma gripe morreu. É muito difícil aceitar isso, eu tinha muita fé que ela iria voltar para nossa terra viva”, conta a mãe.

Sandra tinha um casal de filhos de 9 e 10 anos. Separada, a mulher era católica e segundo a mãe a igreja era o lugar que ela mais gostava de frequentar. O atestado de óbito da dona de casa aponta como causa da morte pneumonia, choque séptico, septicemia (infecção generalizada) e linfoma.

A assessoria de imprensa do HB negou que a mulher tenha contraído gripe A no hospital e informou que “por ser uma paciente imunossuprimida, ela faleceu devido a complicações decorrentes de infecção bacteriana”. A presidente da Capacc, Lúcia Torres, também negou que a mulher pegou a gripe na instituição. “Aqui é tudo dentro dos padrões”, disse.

Sandra descobriu o câncer em 2009 e iniciou o tratamento em Cuiabá, capital de Mato Grosso. “Em fevereiro ela passou pelo primeiro transplante e em maio deste ano fez o segundo”, conta Maria Lúcia de Freitas, cunhada de Sandra.

Os casos de gripe continuam subindo na região, em menos de um mês o número de pessoas infectadas cresceu 20%, passou de 64 para 77 confirmações. Mirassol foi a cidade que registrou o maior crescimento, oito casos no período. Logo atrás vem Rio Preto, com com quatro casos e Votuporanga que registrou, em julho, o primeiro caso do ano. As outras cidade com pessoas contaminadas são Catanduva (5), Severínia (7), Guaraci (1), Palestina (1), Novo Horizonte (1), Tabapuã (1) e Santa Fé do Sul (2).

Rio Preto é a cidade com o maior número de pessoas infectadas entre as cidades, ao todo o município contabiliza 35 notificações, dessas, três pessoas morreram. Mirassol conta com 23 pessoas infectadas e duas mortes. Para tentar diminuir a circulação do vírus nos municípios, as cidades de Catanduva e Rio Preto ampliaram a faixa etária das crianças. Podem receber a dose crianças com mais de seis meses e menos de cinco anos. Além dos idosos acima de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, trabalhadores da saúde e indígenas.

A infectologista do Hospital de Base e docente da Famerp, Delzi Gôngora, explica que para evitar a contaminação pela doença é preciso tomar alguns cuidados simples, como por exemplo, evitar frequentar ambiente aglomerados, fazer sempre a higiene das mãos, utilizar lenços descartáveis ao tossir e espirrar, manter ambientes sempre ventilados.

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