sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Jogadores do Fefecê doam cestas básicas a orfanato

A proposta de Vanderlei Alves e Marcelo Casagrande, respectivamente preparador de goleiros e preparador físico do Fernandópolis Futebol Clube, foi aceita com entusiasmo pelos jogadores do time: usar o dinheiro…

A proposta de Vanderlei Alves e Marcelo Casagrande, respectivamente preparador de goleiros e preparador físico do Fernandópolis Futebol Clube, foi aceita com entusiasmo pelos jogadores do time: usar o dinheiro da “caixinha” para doar cestas básicas à Associação Assistencial Nosso Lar de Fernandópolis, conhecida como “Orfanato”.

Na manhã de quinta-feira, 26, Vanderlei, Marcelo e cinco atletas do elenco – os goleiros Luan e Luiz Felipe, o zagueiro Anderson Seffrin, o meia Marcus Vinicius e o atacante Rudimar, capitão da equipe – visitaram a instituição para entregar os alimentos e conhecer as crianças. Os próprios jogadores descarregaram as cestas básicas – dezessete no total.

Atualmente, há dezoito menores abrigados na “Nosso Lar”. A média costuma ser um pouco superior, entre 20 a 25 crianças e adolescentes. A presidente Suzi Ferrarezi, que é uma das fundadoras da instituição, recebeu a comitiva do Fefecê. Depois de explicar as funções e objetivos da casa, Suzi levou os visitantes até as crianças.

EMOÇÃO

Foram momentos de intensa emoção para todos. Rapidamente o gelo foi quebrado pelo garoto A., que estendeu a mão a Marcus Vinicius e lhe pediu o boné emprestado. Sorrindo, o jogador presenteou o menino com o boné.

Logo o goleiro Luiz Felipe segurava carinhosamente uma garotinha, enquanto Rudimar brincava com o pequeno L., de cinco anos. Uma menina de três anos se apegou ao zagueiro Seffrin e, na despedida, não queria que o novo amigo fosse embora.

Marcus Vinicius e Luan conversaram com as funcionárias enquanto brincavam com os mais novinhos. Muito emocionados, Vanderlei e Marcelo Casagrande trocavam impressões com Suzi enquanto faziam agrados nas crianças.

Para Marcelo, “os jogadores tiveram nesta ação uma grande lição de vida, que certamente os ajudará a suportar a distância da família”. O preparador acredita que “o drama deles não é nada, perto do que passam essas crianças”.

A presidente da Nosso Lar explicava: “Se estas crianças estão aqui, é porque algo de muito grave aconteceu em suas famílias”. Seffrin solicitou autorização para levar sua esposa para conhecer a casa. Ele é um dos poucos jogadores casados cuja mulher está morando em Fernandópolis.

CONVITE

Ficou combinado com a direção da instituição que os meninos entrarão em campo com o Fefecê, no jogo do dia 5 de agosto, contra o Jabaquara, como mascotes. A turma propôs que sejam confeccionadas camisetas especiais para as crianças – isso, desde que o juiz Evandro Pelarin, da Vara da Infância e Juventude, autorize a presença dos menores no estádio municipal. “Queremos reservar um lugar especial na arquibancada para que eles vejam o jogo”, falou Rudimar.

Por volta das 9h20, Marcelo Casagrande chamou os jogadores para a retirada: afinal, era dia de treino, o Fefecê tinha jogo difícil contra o Olímpia. As crianças estavam felizes, alguns compreendiam que aqueles rapazes eram jogadores de futebol. O pequeno C. pediu que eles “voltassem para brincar com a gente”.

Os jogadores foram para o treino vivendo a sensação de quem pratica uma boa ação. Quem sabe venha do drama dessas crianças a força espiritual para o time alcançar a classificação para a próxima fase do campeonato paulista da 2ª Divisão.

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