O Ideb é um índice criado pelo governo federal para avaliar a qualidade das escolas e das redes de ensino, combinando a taxa de aprovação com o desempenho dos alunos em matemática e língua portuguesa.
Assim como nas medalhas olímpicas, o resultado na educação também não foi bom para o Brasil.
Para nossa tristeza, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica divulgado nessa semana pelo Ministério da Educação mostra que o país teve avanços, porém, no geral, esse indicador comprova que os alunos não aprenderam direito o português e a matemática.
Resumindo, houve até uma pequena melhora, mas tão somente pela progressão dos estudantes, uma vez que houve menos repetência.
Isso sem dizer que, na fase que é considerada a mais complicada dos estudos, o ensino médio, o Ideb ficou estagnado e regrediu em nove estados e no Distrito Federal, ficando muito longe do índice previsto pelo governo.
Não precisa ser nenhum especialista para concluir que os avanços são muito tímidos e que grande parte dos estudantes ainda sai das escolas sem aprender o que deveriam ter aprendido.
O saldo disso é que, com o ensino médio estagnado, o governo federal pretende mudar a grade curricular e diminuir o número de disciplinas na grade das escolas públicas. Atualmente, são treze as matérias obrigatórias no ensino médio e segundo o MEC, “a sobrecarga é muito grande e não contribui para formar melhor o aluno”. Pronto, assunto resolvido?
Óbvio que não. Mais do que mudar a grade curricular, o governo precisa mudar urgentemente a forma de enxergar a educação. De nada adiantam investimentos maciços – e pelos números, é claramente perceptível que isso tem ocorrido – se esses investimentos não forem coordenados e bem aproveitados.
Não é somente disponibilizar os recursos, é preciso gastar bem o dinheiro.
Da forma como está sendo pensada e gerida a educação, os resultados continuarão parecidos com o das nossas medalhas.
Nos esportes olímpicos, assim como na educação, embora tenham sido investidos centenas de milhões de reais nos últimos anos, ainda continuamos dependendo de esforços individuais de atletas e infelizmente, a continuar como está, vamos continuar correndo atrás de Irã, Cazaquistão, etc e tal.