O juiz da 3ª Vara Cível de Rio Preto, Antônio Roberto Andolfato de Sousa, livrou o ex-craque do Cruzeiro Thiago Ribeiro, 26 anos, que agora atua na Itália, de pagar uma indenização milionária por danos materiais e morais à família do montador de móveis José Antônio de Souza, atropelado e morto pelo Astra dirigido pelo jogador.
O acidente ocorreu na madrugada de 9 de julho de 2008, na rodovia Euclides da Cunha, em Tanabi.
A viúva do montador, Vera Lúcia Lourenção de Souza, 47 anos, e seus quatro filhos, ingressaram com a ação na Justiça em março de 2010, pedindo R$ 1,5 milhão de indenização, pleito considerado improcedente pelo juiz. Para o juiz, a prova produzida não leva à conclusão de que o jogador tenha agido com culpa.
Decepcionada com o resultado, Vera, moradora do distrito de Engenheiro Schmitt, diz que agora espera a família do craque cumprir a promessa feita no dia da audiência, e lhe dar uma casa para morar junto com os quatro filhos. Ela, que estava grávida do mais novo quando Souza morreu e dependia economicamente dele, agora vive de favor na casa da mãe. “Já até encontrei uma casa de dois quartos, avisei o pai do jogador, mas só me enrolam. A situação está difícil. A disputa é de um ‘João Ninguém’ contra um ‘famoso’.”
Procurado pelo Diário, José Lima Cardoso, pai de Thiago Ribeiro, confirmou que fez um acordo verbal com a viúva no dia da audiência, e que o mesmo ainda não foi cumprido porque os imóveis em Engenheiro Schmitt estão muito caros. “Isso já está no orçamento do Thiago, só falta acharmos uma casa num valor adequado”, afirmou.
Ele previu entregar a casa à viúva ainda neste ano. No dia do acidente, Souza, então com 38 anos, voltava com um colega de Sebastianópolis do Sul, onde tinha feito um trabalho. O Astra do jogador, que é de Pontes Gestal, seguia no sentido Tanabi-Bálsamo.
