sábado, 21 de setembro de 2024
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Sem DNA, processo de “monstro” que abusou de filhas e netas emperra na Justiça

Passados dez meses, o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo não conseguiu concluir um simples exame de DNA solicitado pela Polícia Civil para comprovar sucessivos abusos incestuosos em uma…

Passados dez meses, o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo não conseguiu concluir um simples exame de DNA solicitado pela Polícia Civil para comprovar sucessivos abusos incestuosos em uma família do distrito de Brasitânia, em Fernandópolis.

Carlos (os nomes são todos fictícios) foi preso em outubro, depois que uma das netas, de 14 anos, denunciou à polícia que vinha sendo abusada pelo avô nos últimos seis anos.

Dois meses depois, o aposentado foi indiciado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável. O advogado dele, Bruno Miranda de Carvalho, vai impetrar habeas corpus para que Carlos responda ao processo em liberdade. “Há excesso de prazo no caso”, alega.

Na fase final de instrução do inquérito, a delegada-titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fernandópolis, Eda Honorato, solicitou ao IML da Capital um exame de DNA para comprovar que as cinco netas de Carlos são também filhas dele, fruto dos abusos sexuais dele com uma das filhas, Aline, 35 anos. Em depoimento à polícia, ela disse que “não olhava seu pai como um pai, e sim como homem, sentia atração física por ele, sentia desejo sexual”.

“Temos telefonado semanalmente para o IML para cobrar o laudo, mas eles não mandam”, critica a delegada. Em nota, a assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública limitou-se a dizer que o exame “já está em processo de conclusão”. Na rede particular, em Rio Preto, o resultado de um exame do tipo não demora mais do que 30 dias.

Para o juiz da Infância e Juventude de Fernandópolis, Evandro Pelarin, o exame de DNA é uma prova relevante no processo. Não há prazo para a sentença em primeira instância. Enquanto isso, o aposentado permanece há 11 meses preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Andradina.

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