Na última terça Feira (13)a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e a Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), acompanhadas de cerca de 60 produtores, incluindo a comitiva de Fernandópolis convocada pelo Sindicato Rural participaram de audiência em Brasília.
A pauta foi para tentar resolver um impasse criado com a aprovação precoce da Consecitrus, que pode acabar amarrando o pequeno produtor a entidade. o encontro reuniu as principais lideranças do setor da região noroeste paulista. o Deputado Federal Edinho Araújo esteve presente e reafirmou seu compromisso na câmara dos Deputados na luta pelo pequeno produtor.
A FAESP salientou que para aprovação do Consecitrus é preciso primeiro o aval do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – que consulta as partes interessadas, produtores e a industria, neste caso. Ainda segundo a entidade é claro o desequilíbrio desse modelo do Consecitrus patrocinado pela indústria de suco.
“Antes a firma esmagava a laranja, hoje é o produtor que acaba sendo esmagado”, disse Américo Carrarreto, citricultor da região que acompanhou a comitiva do Sindicato rural de Fernandópolis
Participaram da reunião lideranças nacionais e regionais, como Deputado federal Edinho Araujo, o Senador Eduardo Suplicy, o presidente da Associtrus Flavio Viegas que acompanhou a comitiva de citricultores da região de Fernandópolis organizada pelo presidente Marcos Mazeti.
“É critica a situação dos produtores de laranja do Estado, onde faz-se necessário a intervenção de uma política firme para restabelecer o equilíbrio entre esses trabalhadores e a industria e é ai que entra a FAESP e os sindicatos”, disse Mazeti
Para a Faesp, a indústria tem disseminado que o Cade já teria “informalmente” dado aval a tal iniciativa e está obrigando os citricultores a se filiarem a Sociedade Rural Brasileira, entidade sem legitimidade com a qual a indústria assinou o Consecitrus, sob pena de não comprarem a produção dos citricultores.
“A situação dos produtores é desesperadora”, disse Fábio Meirelles, presidente da da Faesp.