domingo, 22 de setembro de 2024
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Mulher reage a assalto e ataca ladrão à unhadas

Unhas compridas, um símbolo da vaidade feminina, foram as armas utilizadas pela motorista M.L.F.M., 46 anos, para se livrar de um assalto , às 10 horas de ontem, na estrada…

Unhas compridas, um símbolo da vaidade feminina, foram as armas utilizadas pela motorista M.L.F.M., 46 anos, para se livrar de um assalto , às 10 horas de ontem, na estrada Vicente Polachini, na ponte que liga os condomínios Damha ao bairro Caic, zona leste de Rio Preto.

A vítima unhou todo o pescoço do agressor. O acusado, Raphael Jorge Cândido Silva, 28 anos, foi preso por roubo.

Ela foi agarrada enquanto fazia a travessia da passarela. O homem a jogou no chão e caiu por cima da motorista. Neste momento, ela unhou diversas vezes o pescoço dele, que a soltou e fugiu. No pescoço do acusado estão as marcas da reação da mulher. “No começo não tive o que fazer porque ele me deu uma gravata e me jogou no chão. Mas, logo depois, criei coragem e o agarrei pelo pescoço. Se não tivesse tido essa reação acho que ele não me soltaria e ainda teria abusado de mim. O pior poderia ter acontecido.”

A vítima ainda gritou por socorro e pessoas que estavam perto do local conseguiram deter o homem, que havia jogado a bolsa da vítima e fugido para um matagal. Depois de ser detido pelos próprios populares, Silva voltou a apanhar de M.L.F.M, que, irritada com a agressão, o unhou novamente. “Fui pra cima dele e queria matá-lo. Faço esse trajeto há muito tempo e estou inconformada com esse tipo de crime à luz do dia”, disse a mulher. A bolsa foi recuperada.

Acionada, a Guarda Municipal conduziu Silva até a Central de Flagrantes, onde ele foi indiciado e preso por roubo. De acordo com o delegado Mauro Truzzi Otero, o homem já tem passagem por estupro contra a ex-mulher, praticado em 2005, no município de Paranaíba-MS. Ele foi levado para a carceragem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto.

De acordo com a delegada Dálice Aparecida Ceron, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), as mulheres são mais indefesas, por isso são as preferidas pelos criminosos, principalmente os que cometem roubos de objetos como bolsas e celulares. “Mulher é presa mais fácil. Eles não vão enfrentar um grandalhão”, disse a delegada.

Por isso, a orientação dela é que as mulheres evitem andar sozinhas na rua, não passem por locais ermos e escuros durante a noite e não andem por ruas com pouco movimento. Outra dica é andar sempre com objetos em mãos, como chaves, que podem ser utilizados como “arma” de defesa.

A delegada Margarete Franco, também da DDM, aconselha as mulheres a pedirem ajuda em casas próximas se perceberam que estão sendo seguidas. Outra orientação é utilizar o telefone para pedir ajuda. “O celular também é um item útil nesses casos e deve ser utilizado para pedir socorro.”

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