sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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A diferença abissal

O programa CQC exibido na última segunda feira trouxe uma matéria muito interessante. Embora a ironia e o riso fácil sejam as marcas características do programa da BAND, a reportagem…

O programa CQC exibido na última segunda feira trouxe uma matéria muito interessante.

Embora a ironia e o riso fácil sejam as marcas características do programa da BAND, a reportagem abordou um assunto que me deixou chocado.

Os homens de preto exibiram imagens do tsunami que abalou o Japão há um ano e das chuvas que arrasaram a região serrana do Rio de Janeiro há dois anos. Em destaque, o que aconteceu após cada uma daquelas tragédias.

Enquanto as imagens geradas no Japão mostravam que o país está praticamente todo reconstruído, no Brasil tudo continua como se tivéssemos parado no tempo, como se a tragédia tivesse ocorrido ontem. E olhe que os japoneses entrevistados ainda disseram que demorou bastante, cerca de três meses, para que o país fosse reconstruído, num claro exemplo de organização, obstinação e planejamento.

Já por aqui, a verdade é que somos todos culpados pela inércia dos nossos governantes e apesar de apresentar melhora no Índice de Desenvolvimento Humano nas últimas duas décadas, o Brasil ainda tem uma taxa menor que a média dos países da América Latina e Caribe, ocupando a 85ª posição em um ranking composto por 187 países. E olhe que o tal do IDH é referência mundial para avaliar o desenvolvimento humano a longo prazo, a demonstrar que estamos realmente muito mal.

Embora falte dinheiro para investimentos básicos em saúde e educação, por exemplo, as verbas públicas jorram aos borbotões para a construção de estádios de futebol que serão utilizados em dois ou três jogos durante a Copa do Mundo de 2014 e depois serão deixados às moscas.

Vide os exemplos de Cuiabá e Manaus, duas capitais onde o futebol das suas equipes é praticamente amador, sem contar que o valor previsto inicialmente para as obras já cresceu quase 30% e ainda nem estamos na metade da maioria dos estádios, o que indica que o rombo vai ser ainda maior e quem vai arcar com o “preju” somos nós mesmos, os incautos brasileiros.

Sei lá, mas, de repente, me deu uma inveja dos japoneses…

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