Não se sabe ao certo razão, talvez seja por causa de Napoleão Bonaparte e seu último governo, chamado de 100 dias, mas o certo é que se convencionou a necessidade de uma trégua nos primeiros meses de um novo governo.
Com isso, as críticas devem ser pontuais e moderadas, para que o novo administrador e a população vivam com intensidade essa lua de mel iniciada no dia da posse.
Porém, vamos combinar que é pouco tempo para avaliar um prefeito, principalmente porque muitos deles receberam suas cidades com um orçamento produzido pelo antecessor e a maioria com as finanças comprometidas. Aqui não foi diferente.
Exatos cem dias depois da posse, a atual administração tem enfrentado problemas maiores do que o imaginado, começando com a eleição para a presidência da Câmara de Vereadores, passando pelo anúncio da dívida deixada pelo ex-prefeito e o atraso no pagamento do funcionalismo, sem contar o desgaste provocado pela dúvida entre fazer ou não a tradicional festa da cidade. Enfim, nem tudo foram flores.
Assim, estabelecer metas e prioridades no início do governo dá a tônica de todo o restante da administração e se o trabalho é sério e existe compromisso dos auxiliares, em breve os resultados vão aparecer e as mudanças serão sentidas.
O caminho é esse, de forma que, sem recursos para grandes obras, os cem dias de Ana Bim foram marcados pela austeridade no controle de gastos, pelo corte no número de cargos comissionados e com os servidores aprendendo a trabalhar com equipes enxutas e com a missão de descobrir maneiras diferentes de reduzir custas e despesas.
Acredito que esses primeiros cem dias sirvam como um termômetro do que poderá vir a ser a administração e até por razões óbvias alguns setores certamente não melhoraram, mas ao menos sabemos que a cidade tem rumo e prumo e crédito.
