O Ministério da Saúde pagou R$ 2.000 de cachê ao grupo que fez uma apresentação com dança erótica durante o 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil. A informação foi passada pelo governo ao portal Metrópoles.
A Saúde disse não saber informar quantas pessoas integram a equipe contratada e como foi realizada a divisão do montante.
O evento, promovido pelo ministério, foi realizado de 4 a 6 de outubro em Brasília (DF) e a performance foi no dia 5. Nela, uma mulher faz uma apresentação de voguing (estilo de dança que surgiu na cultura ballroom, movimento criado por pessoas negras e LGBTQIA+ nos EUA).
No vídeo, é possível ouvir uma batida de música eletrônica enquanto uma pessoa, que desempenha ali o papel de mestre de cerimônia, repete “batecu” e “bate” diversas vezes. Pessoas na plateia aplaudiram a apresentação.
O Ministério da Saúde se pronunciou em 6 de outubro, depois da repercussão do vídeo com a apresentação. O órgão lamentou o ocorrido e disse que a dança “surpreendeu pela coreografia inapropriada” e fez parte de um “episódio isolado”.
Segundo o ministério, o episódio “não reflete a política do SAPS (Secretaria de Atenção Primária em Saúde), responsável pela organização” do evento.
No último sábado (7.out.2023), o governo comunicou a demissão do diretor Andrey Roosewelt Chagas Lemos, responsável pela apresentação.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se desculpou pelo episódio e disse ter sido surpreendida pelo caso.
“[Ainda em São Paulo, onde participava de eventos do ministério] comecei a apurar responsabilidades sobre o ocorrido. Hoje, diante da gravidade do fato, foi afastado o diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, que assumiu integralmente a responsabilidade pelo que aconteceu”, afirmou Nísia.
