Quem comprou um lote das ações OGX, de Eike Batista, quando ela foi lançada em 2008, pagou R$ 1.200,00. Hoje, vale R$ 150,00. Milhares de investidores tomaram um tombo.
A queda pegou 10 fernandopolenses que apostaram nas ações, quatro jalesenses e sete votuporanguenses. Em Rio Preto, mais de 40 acionistas contabilizaram os prejuízos.
A crise de confiança que tem afetado as empresas de Eike Batista nas últimas semanas está abalando as ações da petrolífera OGX desde sexta-feira (12). O papel opera em baixa pelo 9º dia seguido –em 11 dias, foram dez sessões em queda.
Por volta das 13h55, as ações estavam entre as maiores perdas da Bovespa, recuando 2,05%, a R$ 1,43.
Na véspera, o Deutsche Bank tinha cortado a estimativa de preço da ação para menos da metade. O banco reduziu a expectativa de preço da ação de R$ 2 para R$ 0,80 e reafirmou a recomendação de “venda”.
Antes disso, as agências de classificação de risco Fitch, Standard&Poors e Moodys rebaixaram a “nota” (nível de risco de crédito) da empresa.
A empresa divulgou um prejuízo bilionário no ano passado, e os resultados de produção têm vindo abaixo do que havia sido anunciado por Eike Batista, e que era esperado pelos investidores.
Como consequência, a ação da OGX tem operado no menor patamar histórico desde a abertura de capital da empresa, em 2008. Em outubro de 2010, quando a ação atingiu seu pico, cada papel chegou a valer R$ 23,27.