Aos prantos, o pintor Luciano Fragoso da Silva, ainda não sabia como dar a notícia para o filho.
A pequena Koji, uma chiuaua de três anos, chamada de “xodozinho” da família por ele, morreu na manhã de ontem após ser atacada por um pit bull. “Meu filho pergunta dela toda hora. O que eu vou dizer para ele?”. A cachorrinha vivia com Luciano, sua mulher, Keli da Silva, e o filho dos dois, Richardi, de 4 anos, em uma chácara na Estância São Pedro, em Rio Preto.
Em uma semana, é o terceiro caso noticiado pelo Diário de cães de porte pequeno que morrem por ataques de animais maiores. Duas cadelas shitzus morreram segunda-feira, após serem mordidas por um pitbull no bairro São Francisco. O pit bull que atacou Koji também mora na Estância São Pedro. “Quando escapa, ele sempre ataca cachorros pequenos e outros animais de criação”, diz Keli. Esse seria o segundo cachorrinho morto pelo cão maior e poucas semanas, de acordo com ela.
A família afirma que os moradores da estância já tentaram conversar com o dono do cão, mas não tiveram sucesso. “Ele fala pra gente que se alguém encontrar o cachorro dele na rua, é para matar o animal. Como alguém pode falar isso do próprio bichinho de estimação?”, questiona o pintor. Por volta das 15h de sexta-feira, o cachorro invadiu a chácara onde Koji vivia, que tem a cerca de madeira, e atacou. As fraturas na costela podem ter perfurado órgãos e causado a morte da cadelinha, segundo informou ao dono a clínica veterinária que atendeu Koji.
Na manhã de ontem, Luciano foi até a clínica, ainda sem saber do ocorrido. “Achava que ela ia ter que passar por uma cirurgia”, contou. Quando chegou ao veterinário, foi surpreendido pela má notícia. “Não acreditei quando ouvi que ela tinha morrido. Se o dono do pit bull tivesse ajudado a gente, colaborado com o dinheiro do veterinário, Koji teria sido socorrida a tempo”, desabafou Luciano. A família registrou boletim de ocorrência. No caso das shitzus mortas pelo outro pit bull, foi registrado um termo circunstanciado como omissão de cautela na guarda/condução de animais (art.31).
