sábado, 21 de setembro de 2024
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Presidente do Banco Central reafirma compromisso com meta de inflação

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse ontem que vai fazer o possível para conter a inflação. O índice oficial de preços do Brasil, divulgado na quarta-feira, mostrou que…

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse ontem que vai fazer o possível para conter a inflação. O índice oficial de preços do Brasil, divulgado na quarta-feira, mostrou que ela está no limite de tolerância do governo.

A pressão nos preços dos alimentos vem desde o ano passado. Em março, fechando um período de doze meses, a inflação rompeu o teto da meta: de 6,5%, chegando a 6,59%. Em abril, o índice recuou um pouco, para 6,49%, no limite do teto.
Depois de um período de queda de quase dois anos, os juros voltaram a subir. O Banco Central aumentou a taxa de 7,25% para 7,5% ao ano. Para especialistas, essa elevação ainda não foi suficiente para conter a alta da inflação – que chegou aos preços de alimentos e de serviços.

O presidente do Banco Central explica que o aumento de juros e outras medidas adotadas pelo governo em 2012, como corte de tarifas e impostos já começam a dar resultado. O melhor exemplo, segundo Alexandre Tombini, está em um indicador que mede a alta dos preços na economia.
O chamado índice de difusão mostra a quantidade de itens que estão com os preços subindo. Ele estava em 75% em janeiro e caiu para 65% em abril. Ou seja: a alta de preços começou a perder fôlego.

“Na medida em que os alimentos recuem, aumentem menos, essa disseminação de preços, ela cai. Já caiu dez pontos entre janeiro e abril e cairá mais nos próximos meses”, explica Alexandre Tombini.

Para o Banco Central, o mês de maio promete inverter a tendência de alta da inflação. Eu pergunto: e a dona de casa que faz compra na feira. O que que ela vai ver em relação aos preços do tomate, da batata, da cebola?

“Ela verá que a inflação vai recuar. Inflação é uma média de preços. Vai ter preço que sobe e vai ter preço que caem. Então, na média os preços vão cair. Vão cair, vão subir menos. A inflação vai ser menor do que foi nos últimos meses. Os preços no produtor, no fazendeiro, nos preços agropecuários já estão reduzindo”, diz Tombini.

Tombine não descarta novos aumentos de juros para assegurar que a inflação continue caindo. A meta é que possa apresentar índices menores em períodos de 12 meses a partir do segundo semestre.

“O Banco Central está agindo. O Banco Central está vigilante. O Banco Central vai continuar agindo no que for preciso para consolidar a inflação em patamares mais baixos neste e no próximo ano. O importante é que combate a inflação, reduzindo a inflação aumenta a confiança na economia. Tanto da dona de casa, do consumidor quanto do empresário. Então, o combate a inflação que o governo e o Banco Central têm empreendido está no sentido de fortalecer a confiança. Então, vai em linha, inclusive, com uma recuperação gradual da economia brasileira neste ano, como veremos”, diz Alexandre Tombini.

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