sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Sob risco de desmoronamento, museu de Fernandópolis continua interditado

Logo na primeira edição de fevereiro deste ano, o jornal Cidadão expôs em suas páginas o a situação precária em que se encontra o Museu Histórico de Fernandópolis instalado na…

Logo na primeira edição de fevereiro deste ano, o jornal Cidadão expôs em suas páginas o a situação precária em que se encontra o Museu Histórico de Fernandópolis instalado na casa do fundador do bairro Brasilândia, Carlos Barozzi.

Na ocasião, o secretário de Cultura de Fernandópolis, Vicente Renesto, afirmou que medidas relativas à reforma se encontravam em planejamento e que seriam executadas ainda naquele mês, mas isso não aconteceu.

Quase três meses depois, o museu se encontra no mesmo estado. São 73 anos de história escorados em duas vigas de madeira. A calçada frente à casa da família Barrozzi, tombada como patrimônio histórico do município, teve de ser isolada por conta do risco de desmoronamento. Um problema que, segundo os próprios funcionários do museu, foi percebido no segundo semestre de 2012.

A fachada está ruída. As rachaduras nas paredes assustam quem passa pelas ruas do bairro. “A gente fica preocupado. Ainda bem que eles cercaram ai (isolaram), já pensou se isso cai na cabeça de um? Eles tinham que arrumar. Nosso museu era muito bom quando chegava visita em nossa casa e tínhamos pelo menos ele para trazê-los”, afirmou na época, Maria de Fátima, moradora do bairro.

Por conta da atual situação do museu, algumas das peças expostas tiveram de ser transferidas para um anexo que fica ao lado da casa onde antes era a UBS do bairro. Apenas as salas em risco foram interditadas, as demais continuam abertas a visitação.

Em contato com a prefeitura, esta informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que o Museu de Fernandópolis se encontrava na iminência de desabar devido a rachaduras nas paredes e outros problemas
detectados pela atual administração em 2 de janeiro deste ano. Imediatamente, o secretário da Cultura solicitou aos canais competentes a interdição do prédio, o que foi feito.

A prefeitura informou ainda que a Secretaria de Obras elaborou um projeto de reforço das fundações para a revitalização plena do Museu, porém, esta em curso um projeto, em parceria com a ACIF (já que a legislação exige a interveniência de uma pessoa jurídica sem fins lucrativos), que busca recursos junto ao Ação Cultural, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Essa parceria, segundo a prefeitura, poderá solucionar o problema da falta de recursos do município. Enquanto isso, o acervo de peças foi devidamente acondicionado e está guardado no prédio anexo ao Museu.

A prefeitura afirmou também que as planilhas de cursos já foram remetidas ao ProAc. Aguarda-se definição.

HISTÓRIA DO MUSEU

Atualmente, o Museu Histórico de Fernandópolis mantém um acervo com objetos que pertenceram a antigos moradores e que representam a cultura local e regional.

O núcleo inicial do acervo foi constituído através da doação da família Barozzi e pela transferência do acervo de vários museus escolares. Além disso, outras famílias doaram outros objetos, que representam a história e o cotidiano da cidade.

O local abriga telefones da década de 40, os primeiros computadores de Fernandópolis que surgiram na década de 80, doados pelo Escritório Brasil. Os teclados são fixados nos monitores e as CPUs possuem cerca de um metro de altura. Há também as mobílias da sala do primeiro prefeito eleito, Libero de Almeida Silvares, e um armário com louças da família Barozzi. O próprio prédio faz parte da história da cidade.

O museu foi instituído no dia 10 de novembro de 1982 pelo então prefeito Milton Edgar Leão, data da fundação do bairro de Brasilândia. A casa que abriga a história fernandopolense foi construída no final da década de 1930.

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