sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Trânsito caótico continua sendo problema para Expô

Quarenta e seis anos já se passaram desde que o então prefeito Percy Waldir Semeghini, criou a 1ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Fernandópolis e, até agora, nenhum outro…

Quarenta e seis anos já se passaram desde que o então prefeito Percy Waldir Semeghini, criou a 1ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Fernandópolis e, até agora, nenhum outro prefeito conseguiu solucionar um problema que se repete todos os anos: o trânsito caótico para chegar à festa.

Na edição da Expo deste ano, houve dias em que o congestionamento atingiu mais de quatro quilômetros. Quem deixou para ir mais tarde, chegou a ficar mais de duas horas na fila até chegar ao recinto.

A solução para este problema está bem mais próximo do que se imagina. Na verdade, falta apenas um pouco de vontade, ou instinto administrativo dos chefes do Executivo, que comandaram a prefeitura nos últimos anos.

Uma via alternativa, que nas primeiras edições da festa, foi a única, está interditada há mais de seis anos: a Avenida Theotônio Vilela.

MOTIVOS

A Theotônio Vilela liga a Brasilândia ao recinto da Exposição, passando sobre o Córrego da Aldeia. Ali existia uma ponte, que desmoronou. Em 2007, durante o antigo mandato de Ana Bim, foi realizada a licitação que culminou com a vitória da empresa Elenir Alves de Jesus & Cia Ltda-ME, cujo representante legal é Airton Aparecido Silva, conhecido como “Dodó”.

A obra foi concluída em agosto de 2007, mas, em fevereiro de 2008, a ponte ruiu. “Dodó”, na ocasião, atribuiu o fato às fortes chuvas, todavia, o questionamento sobre a qualidade técnica do serviço não demorou a surgir.

Foi instaurado um processo administrativo (nº 35.575/08), para o qual foi nomeada uma comissão especial presidida por Paulo Donizete dos Santos e tendo como membros Santo Brás Rossi e Carlos Alberto Buosi.

INVESTIGAÇÃO

Na investigação, constatou-se que as vigas que chegaram à obra mediam apenas 11,80 metros, enquanto que o vão entre as cabeceiras da ponte chegava a 12,25 metros. Por isso, foram colocados quatro pilares externos complementares de sustentação, sobre os quais se assentaram as coberturas.

Outro ponto apontado pela comissão especial de investigação foi que a fundação se apresentava acima da lâmina d’água. Em construções de pontes, a fundação tem que ser feita sempre abaixo desse nível.

Além disso, apurou-se que, por causa da existência do entulho da ponte anterior, o local da ponte nova foi alterado lateralmente em três metros. Isso foi confirmado em depoimento do engenheiro Paulo Sasaki, na época chefe do departamento de projetos da prefeitura. O solo, mesmo em pequenas distâncias, pode apresentar limites de resistência diferentes.

Ouvidas as testemunhas e apresentado um relatório circunstanciado dos fatos, a comissão especial emitiu parecer unânime no sentido de que a empresa Elenir Alves de Jesus e Cia. Ltda-ME de Dodó fosse responsabilizada pelos danos causados na construção da infraestrutura (cabeceiras) da ponte e que fosse intimada para, às suas expensas, efetuar a obra de demolição, remoção dos entulhos, limpeza, preparação do terreno e reconstrução da obra das cabeceiras da ponte, em 30 dias a contar da intimação.

O parecer faz menção ao disposto no artigo 618 do Código Civil, segundo o qual nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, “o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo”.

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