sábado, 21 de setembro de 2024
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Ministro Guido Mantega diz que não teme rebaixamento de nota do Brasil

A notícia de que uma agência de classificação de risco pode rebaixar a nota do Brasil levou preocupação nesta sexta-feira (7) ao mercado financeiro. Os alimentos já não engordam tanto…

A notícia de que uma agência de classificação de risco pode rebaixar a nota do Brasil levou preocupação nesta sexta-feira (7) ao mercado financeiro.

Os alimentos já não engordam tanto a inflação, mas outro ingrediente atrapalha: o dólar. No ano, ele acumula alta de 4,4%. Nesta sexta-feira, subiu 0,48%, para fechar a R$ 2,133.

“A moeda acaba representando a condição geral de uma economia. O Brasil emite reais. Então, se o Brasil está indo pior, as pessoas tendem a se desfazer de reais para comprar dólares”, explica André Perfeito, economista.

Se mais dólares entrassem no Brasil, a cotação da moeda americana poderia baixar. Mas veio uma notícia que não ajuda a convencer os investidores a virem para cá: uma agência de classificação de risco indicou que pode rebaixar a nota da economia do país.

No relatório, a agência Standard and Poors afirma que provavelmente o Brasil vai ter o terceiro ano de crescimento econômico modesto. O crescimento fraco reflete desempenho tímido nas exportações e queda nos investimentos privados, resultado, segundo a agência, de sinais ambíguos da política do governo.

A nota dada pelas agências mostra o quanto um país é seguro para se investir. Este ano, a nossa economia cresceu 0,6% nos primeiros três meses.
A inflação acumulada em 12 meses está no nível mais alto aceito pelo governo – 6,5%. Para combatê-la, o Banco Central vem aumentando a taxa de juros.

O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, diz que a agência deu um alerta. “Isso não significa que o Brasil vai ser rebaixado. Mas é bom que isso tenha acontecido. É uma hora de reflexão, de o governo reavaliar as suas políticas e retomar o trilho”, comentou o ex-ministro.

Em 2008, a mesma agência foi a primeira a reconhecer a melhora da nossa economia. Na época, a nota subiu e o Brasil chegou ao primeiro degrau do grupo dos países mais confiáveis para investidores. É onde continua até agora, ao lado de México e Peru. E abaixo países como Itália, Estados Unidos, Austrália, Canadá e Alemanha.
Nesta sexta-feira, com a possibilidade de rebaixamento, a bolsa caiu mais de 2%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que não teme o rebaixamento da nota do Brasil.

“Eles colocaram ali um sinal de observação e vão olhar o desempenho. Eu estou seguro de que esse ano teremos um crescimento muito maior do que no ano passado, já está ocorrendo, temos cinco meses do ano percorrido e só temos sinais de que há um aumento do investimento, uma melhoria da indústria, da agricultura e tudo isso vai nos levar a um PIB maior no final do ano”, declarou o ministro.

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