Um grupo de promotores manifestou apoio ao defensor público Denis Henrique Silva e realizaram um ato de desagravo contra decisão e julgamento proferido pela juíza Luciana Cochito que absolveu a prefeita de Fernandópolis, Ana Bim (PSD), e ex-vereadores, em ação civil pública, e condenou o MP por “litigância de má-fé”, ao pagamento de multa. .
Para o procurador Felipe Locke Cavalcanti, presidente da Associação Paulista dos Ministérios Públicos esta ato é para restaurar a honra do promotor que tanto trabalhou para implantar programas que beneficiasse a população. Ele enumerou diversas obras onde Denis Henrique Silva atuou e conseguiu o município a cumprir leis básicas como fornecimento de medicamentos, transporte gratuito para idosos.
“Hoje nós estamos aqui em um ato de desagravo. Para muitos isso pode parecer algo singelo, mas para nós é muito importante, pois se trata de uma maneira de recompor, reconstruir e reestruturar a honra, a boa fama, a legitimidade do doutor Denis Henrique Silva. A APMP entende inaceitável a condenação, a alusão, ou qualquer assertiva dizendo que ele tenha litigado com má-fé, pois isso não corresponde com a verdade”, destacou.
O procurador ainda acredita na revisão do processo em instâncias superiores, além de manifestar agradecimentos aos vereadores de Fernandópolis que aprovaram ato de repúdio contra a aprovação da PEC-37 antes mesmo dos movimentos e manifestação que aconteceram pelo país, classificando a casa como uma instituição séria.
O ato, realizado no plenário da Câmara Municipal de Fernandópolis, na tarde de sexta-feira, dia 12, e contou com apoio de empresários, políticos, entidades filantrópicas, associações e pessoas comuns.
“Já senti vontade de abandonar tudo, de cair de acordo com o sistema. De ser aquele promotor funcionário público, que não quer criar problema com ninguém, mas não consigo fazer isso no momento em que piso na rua e vejo uma pessoa sendo cerceada de seus direitos. Estou aqui hoje por tentar preservar o patrimônio histórico da cidade amparado em lei e fui considerado um promotor de má-fé, por ter me recusado a me sentar na cadeira das pessoas que prestam depoimento. De maneira alguma teria me recusado se isso fosse tecnicamente correto”, declarou Denis.
O desagravo teve início pelo presidente da Câmara Francisco Arouca Poço e posteriormente a palavra foi outorgada ao promotor Eduardo Querubini que também manifestou apoio ao colega juntamente com outros promotores da região.