Um traficante de Votuporanga apresentou um argumento no mínimo “cômico” para justificar o crime hediondo.
Ele disse ao juiz durante julgamento que traficava para completar a renda por “estar afastado do trabalho e a pensão do INSS ser insuficiente para o sustento”.
L.R.G.A. foi preso por policiais da Força Tática da Polícia Militar, no bairro Parque Guarani, no início deste ano.
Na casa dele foram encontradas dezenas de porções de crack, cocaína em pó, 11 tubetes plásticos com a mesma droga, além de tigelas, colheres e peneiras para o preparo do crack, e um revólver calibre 38.
Segundo apuração da reportagem do site www.votuporangatudo.com.br, arma estava escondida dentro de um balde e enrolada em uma touca ninja.
A princípio, o traficante tentou se esquivar da acusação. Disse que toda a droga encontrada e os objetos pertenciam a um rapaz conhecido apenas por “Zé”, para o qual sua mãe havia alugado um quartinho anexo a casa.
O papo furado não convenceu promotor nem juiz. Um policial morador do bairro declarou em juízo que a PM havia recebido denúncia da atuação do traficante. Na noite anterior à prisão, o rapaz também teria efetuado disparos de arma na rua utilizando o Gol encontrado na casa dele.
O criminoso foi condenado a 3,6 anos de prisão em regime fechado, no último dia 13.
“…o regime (da pena) é compatível com a gravidade do crime praticado, sendo notório que o tráfico de drogas é o motor da criminalidade organizada e atrai milhares de jovens para a dependência e marginalidade, aniquilando suas famílias e desestruturando nossa sociedade, devendo ser duramente reprimido. O réu não poderá apelar em liberdade…”, escreveu o juiz José Manuel Ferreira Filho na sentença.
(José Luiz Lançoni)
