O Brasil vai embarcar na mesma tecnologia de fazer álcool de milho, que criticou quando era exclusividade dos Estados Unidos.
É certo que está sendo empurrado para essa opção pelo excesso de produção de grãos no Mato Grosso nos últimos anos. O álcool de milho resolve dois problemas dessa região e do Norte. Ao mesmo tempo em que há sobra de produção agrícola, os preços dos combustíveis são os mais altos do País.
No município de Lucas do Rio Verde já está sendo montada uma usina para produzir álcool de milho, prevista para entrar em operação a partir de 2015. Terá capacidade para produzir 200 milhões de litros de etanol por ano.
Outras duas usinas que trabalham com cana-de-açúcar no Mato Grosso estão adaptadas para também transformar o milho em álcool. O dono da destilaria que vai moer só o grão diz que os preços são competitivos. Cada tonelada de milho gera 400 litros de etanol e mais 330 quilos de uma espécie de farelo, que pode substituir o da soja.
Os produtores rurais aprovam a ideia de ter um uso a mais para o milho, que hoje depende de subsídio do governo, como compensação para o baixo preço.
