sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Meu filho está gaguejando, e agora?

Ocorre igualmente em todos os países e grupos sociais, numa proporção de quatro homens para uma mulher. Na grande maioria dos casos inicia-se entre os dois e cinco anos de…

Ocorre igualmente em todos os países e grupos sociais, numa proporção de quatro homens para uma mulher. Na grande maioria dos casos inicia-se entre os dois e cinco anos de idade. Atinge temporariamente 5% da população, sendo que em 1% permanece durante toda a vida.

O atendimento precoce é a melhor forma de combater a cronicidade, há tratamentos que – mesmo sem obter a cura – oferecem melhoras significava para seu portador.
Durante os anos de aquisição e desenvolvimentos da linguagem, é comum haver períodos de disfluência (gagueira) devido à aquisição e desenvolvimento de estruturas morfo – sintáticas – semânticas e do sistema motor utilizado para a fala em fase de maturação. A maioria das crianças, aproximadamente 78%, tende a apresentar uma rápida melhora dessa fase numa media de 6 meses a um ano.

Por estar conhecendo estruturas fonológicas que fazem parte de unidades lingüísticas complexas e são necessárias ao seu desenvolvimento, a criança tende a repetir esses segmentos para reconhecer e memorizar estas unidades lingüísticas. Os pais serão de grande influência nesta fase.
Desta forma, pode haver uma não aceitação do padrão de fala por parte do falante, levando a uma imagem de que a criança é um mau falante sob se próprio ponto de vista. Esse julgamento pode ocorrer pelo próprio individuo (exemplo: leitura em voz alta) ou pelos outros. Estas situações levem a uma inibição da fala em sociedade, que se torna maior quando em situações de estresse emocional. Tais fatores podem ter explicações na tentativa de se adequar a um padrão de fala idealizado e socialmente aceito como adequado, ou seja, uma supervalorização social.

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA GAGUEIRA: A gagueira não envolve apenas um numero elevado de repetições, é acompanhada de toda uma caracterização multidimensional. Pode estar associada a distúrbios como o rubor, a palidez, a transpiração, caretas, movimentos associados de pés e/ou pernas e movimentos na face (sobrancelhas, tremor nos lábios, na mandíbula). Outros aspectos, como a repetição de silabas, sons, palavras ou frases, a revisão destas, presença de interjeições sem contexto que as exija e sons bloqueados ou prolongados podem estar presentes no momento em que o individuo faz o esforço para comunicar-se.

O PAPEL DO FONOAUDIÓLOGO: O fonoaudiólogo atua amplamente esta condição de fala. Deve-se, inicialmente, realizar uma anamnese detalhada do paciente, analisar as condições em que ocorre a gagueira e, acima de tudo, conhecer a visão que o próprio paciente tem de si e a forma que supõe ser visto socialmente.

Os comportamentos emocionais apresentados pelo individuo como ansiedade, medo e tensão não devem ser esquecidas. Da mesma forma, o profissional pode trabalhar em função dos momentos fluência, valorizando-os para que o paciente os perceba. Deve, também, demonstrar a naturalidade que permeia o ato de gaguejar reestruturando assim, as significações do paciente.

Trabalhando no âmbito destas significações, o profissional pode fazê-lo perceber as condições em que ocorre a gagueira e aceitá-la como algo natural a que qualquer pessoa está sujeita.
O trabalho fonoaudiológico deve tentar quebrar o círculo vicioso da preocupação constante em falar bem frete a um interlocutor, envolvendo a conscientização do paciente e orientações aos pais, professores, médicos ou qualquer pessoa na posição de interlocutor.

Professora: Aline Mara de oliveira Vassoler
Alunos: Ludimilson Donadelli Prudenciano do Carmo
Neliton Francisco dos Santos

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