sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Interventor fernandopolense acusa dilapidação de patrimônio do grupo Scamatti

Uma reportagem publicada na edição de hoje do jornal Diário da Região apontou que, o interventor judicial fernandopolense Antonio Carlos Cantarella, responsável pela administração das empresas do Grupo Scamatti, denunciou…

Uma reportagem publicada na edição de hoje do jornal Diário da Região apontou que, o interventor judicial fernandopolense Antonio Carlos Cantarella, responsável pela administração das empresas do Grupo Scamatti, denunciou ao juiz da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, Evandro Pelarin, que o empresário Olívio Scamatti e sua mulher, Maria Augusta, estariam “dilapidando” o patrimônio do grupo.

O intuito da manobra seria “driblar” a Justiça e evitar possível ressarcimento aos cofres públicos nas ações judiciais por improbidade. Scamatti é acusado de chefiar esquema de fraude em licitações na região Noroeste.

Diante do alerta do interventor, e com aval do Ministério Público, Pelarin determinou o bloqueio de bens imóveis da empresa Scamatti & Seller Investimentos O2 S, além da abertura de inquérito policial para apurar supostos crimes de fraude processual e falsidade ideológica.

Ainda de acordo com o jornal rio-pretense, Cantarella e o Gaeco acusam indícios de fraude na transferência de imóveis para pagar supostas dívidas com a Martins & Munhoz Construções Civil Ltda, Z & Z Prestação de Serviços em Construção Civil Ltda e Zevoli & Molinari Construção Civil no valor de R$ 5,6 milhões. O 1º cartório de registro de imóveis de Rio Preto e o cartório de Votuporanga já estão impedidos de transferir imóveis da empresa.

A mais nova notícia revoltou o juiz. “Mesmo depois de prisões temporárias, buscas e apreensões, conduções coercitivas, ações penais e civis em andamento, na Justiça federal e estadual, e com nomeação de administrador judicial, pessoas ligadas à empresa e até réu denunciado insistem em tentar ludibriar a Justiça com a transferência de bens”, diz o juiz.

“Olívio e Maria estão ocultando seu patrimônio na Scamatti & Seller Investimentos O2 S/A e valendo-se dessa empresa, por intermédio de seus atuais administradores – Paulo Sérgio Riva e Armando Watanabe Júnior – para esvaziar o patrimônio da empresa e com isso frustrar futura responsabilização econômica pelos crimes praticados”, afirma o Gaeco.

O Grupo Scamatti – formado por diversas empresas entre elas a Scamatti & Seller Investimentos O2 S/A – é acusado de fraudar licitações de pavimentação asfáltica em pelo menos 62 municípios do noroeste paulista. Organizadas pelo empresário Olívio Scamatti – que está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto -, as empresas do grupo ou “parceiras” disputavam licitações nos município burlando a lei 8.666/93. Atualmente, o grupo é alvo de ações penais e ações de improbidade em trâmite na Justiça Estadual e Justiça Federal.

PROPINA PARA DEPUTADOS

O Gaeco de Rio Preto não tem mais dúvidas de que a planilha financeira encontrada na casa do empresário Olívio Scamatti contabilizou pagamentos de propinas a agentes públicos. A confirmação ocorreu a partir do cruzamento de informações existentes no documento e as interceptações telefônicas – autorizadas pela Justiça – realizadas durante a investigação que antecederam a operação Fratelli.

Entre os pagamentos suspeitos estão aqueles feitos em nome de “Palestina” e “Neves (Paulista)” no dia 5 de março deste ano. De acordo com os promotores de Justiça, foi o mesmo dia em que o Gaeco flagrou o funcionário do Grupo Scamatti com envelopes de dinheiro que seriam entregue a representantes do município.

“Não existe mais dúvida de que o dinheiro foi para a propina”, afirmou o promotor de Justiça Evandro Ornelas Leal, que abriu investigação para identificar os nomes de políticos que aparecem na lista. “Usamos por exemplos as escutas telefônicas”, disse.

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