A Comissão Especial da Faesp designada para gerenciar os estudos da construção um modelo de remuneração do Consecitrus justo, tanto para o produtor quanto para a industria do suco, apresentou no último dia 10, em Brasília o modelo de estatuto ao procurador geral, relator do caso, Conselheiro Ricardo Machado Ruiz no CADE.A comitiva contou com o apoio do Deputado Edinho Araujo, que acompanha todo o desenrolar do caso.
O presidente do Sindicato Rural de Fernandópolis, eng. agrônomo Marcos Mazeti, que compõe a comissão especial da FAESP, participou da reunião e disse que após diversos estudos e dentro da realidade econômica vigente, foi criado um modelo do CONSECITRUS que não extermine o produtor rural dessa disputa com a industria que já domina o mercado.”Com o documento entregue com as prerrogativas da Faesp em prol do produtor, agora o CADE, deve formatar o novo modelo no dia 5 de Fevereiro. Essa é a resposta da FAESP ao modelo de Consecitrus apresentado no ano passado que tentava convencer os citricultores sobre o patrocínio d apropria industria. Este é mais um passo em prol da citricultura paulista”.
As duas entidades apresentaram propostas que serão analisadas pelo conselheiros do CADE.O conselho contará com um corpo técnico permanente, com uma estrutura composta por cinco superintendências (administrativa e financeira, agronômica e operacional, assuntos fitossanitários, estudo econômicos e marketing e comunicação), com suas respectivas competências definidas no estatuto, que ainda terá sua redação final definida e sob análise do Cade.
O conselheiro do Cade informou que até o próximo dia 18 receberá as sugestões das cinco instituições que terão participação no Consecitrus. Em seguida fará uma compilação de todas as propostas e enviará novamente para uma análise final.
Do lado dos produtores, há pontos em que a Associtrus e a Faesp não tiveram consenso e que serão decididos pelo Cade.
Em dezembro de 2012, o presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, Fábio Meirelles participou em Brasília de uma audiência no CADE, quando entregou o documento ALERTA AOS CITRICULTORES,no qual avisava que o Consecitrus ainda não havia sido aprovado e que o modelo de remuneração proposto pela indústria era prejudicial ao citricultor. Meirelles estava acompanhado pelo Presidente da Associtrus, Flávio Viegas, por diretores da FAESP, presidentes de sindicatos rurais, incluindo a comitiva de citricultores de Fernandópolis que expuseram suas dificuldades encaradas com a crise da laranja ao principal órgão que regulamenta as concorrências no país.
A legitimidade da representação dos citricultores volta a discussão no CADE, exatamente um ano depois que a indústria traiu compromisso com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, forçando FAESP ingressar com representação no órgão de defesa da concorrência para impedir a concretização do projeto de dominação da indústria de suco.
