sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Sobre Mandela

Nascido Rolihlahla e eternizado como Nelson, apelido que ganhou de uma professora inglesa quando tinha sete anos, Mandela passou 27 anos na prisão, condenado por conspiração. Ainda assim, ao sair,…

Nascido Rolihlahla e eternizado como Nelson, apelido que ganhou de uma professora inglesa quando tinha sete anos, Mandela passou 27 anos na prisão, condenado por conspiração.

Ainda assim, ao sair, já sexagenário, se tornou o primeiro presidente negro da história da África do Sul. Pela sua trajetória, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, dividindo a láurea com o presidente (branco) sul-africano Frederik de Klerk, como símbolo da luta contra o apartheid e pela igualdade racial na África do Sul, liderando um processo que pôs fim à terrível política de segregação até então existente naquele país.

O resultado de sua luta incansável foi reconhecido em seu funeral, levando chefes de Estado de todo o mundo a superar divergências históricas. O aperto de mãos de Raul Castro e Barack Obama foi o maior exemplo e por aqui, o vôo conduzindo todos os ex-presidentes vivos do país provocou enorme rebuliço, já que esse cenário seria impossível em qualquer outra ocasião. Nem mesmo no funeral do Papa se viu algo ao menos parecido.

Dentre tantas condecorações e homenagens recebidas, muito justas, diga-se de passagem, o maior mérito de Nelson Mandela foi ter conseguido conciliar duas qualidades praticamente impossíveis de se juntar numa mesma pessoa: uma existência moral e uma vida heróica. Muitos candidatos a mito se perderam nessa tentativa, resvalando principalmente no campo ético e da moralidade.

Mandela permaneceu impoluto e sua trajetória representa aquilo que de mais extraordinário um homem pode produzir, na sua plenitude, e talvez, por isso, tenha alcançado a unanimidade que a história destinou a poucos, muito poucos. Mandela se foi, mas sua história será eternizada, no mesmo patamar de Luther King e Gandhi. Precisa mais?

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