sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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A morte nossa de cada dia

Fernandópolis é uma cidade média, com um trânsito não caótico, mas muito mais perigoso do que deveria ser. Todos os dias estão estampadas na capa do Região Noroeste acidentes envolvendo…

Fernandópolis é uma cidade média, com um trânsito não caótico, mas muito mais perigoso do que deveria ser. Todos os dias estão estampadas na capa do Região Noroeste acidentes envolvendo carros, motos, bicicletas e pedestres.
Infelizmente, em muitos desses, a morte acompanha as manchetes.

Não preciso aqui entrar no mérito do sofrimento dos familiares e amigos, mas nós precisamos de alguma maneira nos mobilizar para que esses acidentes (que nem sempre são acidentes), diminuam por aqui.

Entre os problemas do trânsito podemos apontar o planejamento da cidade que não foi feito para acompanhar o ritmo de crescimento da frota e até mesmo algumas situações colocadas pelos agentes responsáveis por cuidar do trânsito. Porém entre todos fatores, um é preponderante para o pequeno caos vivido por aqui. O motorista.

É incrível como a falta de respeito, encontrada em muitos lugares, se maximiza quando o sujeito está dentro de um carro ou em cima de uma moto. A sensação de conforto que um veículo deveria representar, se torna uma sensação de absoluta falta de capacidade de respeitar o próximo.

Além disso, é inacreditável a dificuldade que os motoristas dessa terra tem em dar uma seta, fazer uma baliza, andar na mão certa. Erros técnicos toscos, que sempre fazem nos perguntarmos. “Esse fulano comprou a carta aonde?”

Isso sem contar o erro que mais vitima motociclistas por aí, que é a capacidade que algumas pessoas tem de não enxergar o sinal de pare. Aqui não contém nenhum levantamento dos números, mas a impressão que eu tenho é que na grande maioria dos casos de acidente entre carro e moto, o condutor do carro passou direto no sinal de pare, (não que os motoqueiros sejam santinhos).

Tudo isso ainda pode ser maximizado com a idiotice cometida por alguns de encharcar o caneco por aí, e dirigirem embriagados como se fossem pilotos de Fórmula 1. Esse tipo de situação tem que ser combatida com rigor por nossas autoridades, especialmente em dias movimentados nas avenidas principais, e em dias que ocorrem festas nas casas de show e chácaras da cidade.

Culturalmente estamos vivendo uma sociedade de aparências e consumismo desenfreado, e os reflexos disso estão aparecendo, com o número excessivo de carros nas ruas, com cada vez mais acidentes, com cada vez mais mortes. Pedir para as pessoas deixarem de andar de carro beira a insanidade, porém punir com rigor aqueles que não o fazem de maneira correta é obrigação do Estado.

O sistema é falho em tudo quanto é segmento, talvez a sensação de ver as tragédias acontecerem satisfaçam algumas pessoas, mas principalmente, as pessoas só querem sabem de desfilar com seu carro comprado em 72 prestações e mostrar a (coloque um palavrão aqui), do status que motiva essa sociedade.
Me admire, admire meu lar
Admire meu filho, ele é meu clone
Yeah yeah, yeah yeah
Esta terra é minha, esta terra é livre
Eu faço o que eu quiser, irresponsavelmente
É a evolução, baby

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