sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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O futebol brasileiro jogado no lixo

A frase do título define bem o que a CBF e as federações estaduais estão fazendo com o futebol brasileiro. Essa constatação vem pela decepção que foi esse final de…

A frase do título define bem o que a CBF e as federações estaduais estão fazendo com o futebol brasileiro. Essa constatação vem pela decepção que foi esse final de semana com a volta dos nossos queridos, disputados e organizados campeonatos estaduais.

Os motivos que me levam a esse desanimo são vários, e se maximizam quando no mesmo final de semana você assiste vários jogos de campeonatos europeus (sem puxa-saquismo para o futebol jogado lá, mas em relação a organização, estamos uns 200 anos atrasados), misturados as peladas dos estaduais.

De maneira geral, o fato dos grandes times terem 10 dias de pré-temporada já é, por si só, um baita motivo para o nível dos jogos beirar o ridículo. Atletas se arrastando sem a forma física ideal, correndo riscos de lesão e transformando os jogos em coletivos de luxo para se prepararem para o resto do ano. Tudo isso sob um sol infernal.

No Campeonato Gaúcho, a partida entre Grêmio e São José foi disputada em um campo com grama sintética. Tudo bem que essa é uma situação que tem se tornado normal no Brasil, mas mesmo que esse não seja o piso correto para a prática do esporte bretão (futebol se joga em grama com chuteira, não em borracha com tênis), é inadmissível ver as temperaturas do solado chegarem a 67°C. A peleja terminou com alguns atletas com os pés queimados, o que obviamente prejudicou o andamento do espetáculo.

No Rio de Janeiro o problema foi o gramado de várias cores, além de terem acabado com a única coisa legal do ‘Carioquinha’, que era o fato de existir a Taça Guanabara e a Taça Rio com várias partidas eliminatórias e finais. Nesse ano o campeonato se arrastará por 15 longas rodadas para se classificar quatro times para as finais.

Porém na questão regulamento, nada supera o Paulistinha. Quatro grupos, times jogando contra adversários de outro grupo e se classificando dentro dos mesmos. Ou seja, alguém pode se classificar para as semifinais sem ganhar nenhum jogo. Tosco, mais é verdade.

Para completar o domingo, no Sportscenter da ESPN Brasil, foi divulgado o tal rolo do empréstimo para a Portuguesa, o que nos faz lembrar dos problemas que levaram ao rebaixamento da Portuguesa, que nos lembra STJD, que nos lembra CBF, que nos lembra José Maria Marin, que lembra Marco Polo del Nero, que lembra a antecipação da eleição na Federação Paulista, para ele ser candidato aqui, e na da CBF daqui uns dias (porque uma teta é pouco).

Cada vez mais esse tipo de situação faz com que eu vá deixando o futebol em segundo plano (passei esse domingo assistindo futebol americano). Essa coisa de liminar pra lá, efeito pra cá, dinheiro pra ficar quieto pra acolá, além do nível técnico das partidas, conseguem fazer o futebol brasileiro parecer outro esporte perto do que se vê nos gramados europeus. Pátria de chuteiras, país do futebol? Esquece amigão, somo apenas um celeiro de bons jogadores que precisam ir para a Europa se desenvolver (e isso inclui países como a Rússia e a Ucrânia). O futebol está sendo jogado no lixo, e isso tudo, é culpa de quem organiza o esporte.

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