segunda-feira, 23 de setembro de 2024
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Cientistas buscam resgatar zepelim para pesquisas estratosféricas

Dirigíveis são relíquias empoeiradas da história da aviação. Veículos mais leves do que o ar evocam imagens do Hindenburg, em sua glória e destruição, e do dirigível da Goodyear, outdoor…

Dirigíveis são relíquias empoeiradas da história da aviação. Veículos mais leves do que o ar evocam imagens do Hindenburg, em sua glória e destruição, e do dirigível da Goodyear, outdoor flutuante que mal e mal lembra seus antecessores poderosos.

Porém, engenheiros agora projetam zepelins elegantes que poderiam atravessar camadas de nuvem e navegar pelo ar rarefeito e gelado da estratosfera, 20 mil metros acima do chão – duas vezes a altitude normal de um avião comercial. Pilotados por cientistas na terra, os dirigíveis podem estar equipados com telescópios que vasculhariam galáxias distantes ou coletariam dados oceânicos ao longo do litoral.

“Dirigíveis estratosféricos poderiam nos propiciar condições semelhantes ao espaço a partir de uma plataforma similar às espaciais, mas sem os mesmos custos”, disse Sarah Miller, astrofísica da Universidade de Califórnia, campus de Irvine.

Os zepelins de grande altitude ainda estão na fase inicial. Nenhum deles flutuou a 20 mil metros por mais de oito horas. Contudo, estudo recente do Instituto Keck para Estudos Espaciais do Instituto de Tecnologia da Califórnia, mais conhecido como Caltech, sugere que um dirigível mais capaz não estaria tão distante. E a Nasa, a agência espacial norte-americana, deve patrocinar um concurso para construir um zepelim melhor, dando nova vida e financiamento à ideia.

Logicamente, esses dirigíveis não seriam os primeiros veículos a se aventurar na estratosfera. Foguetes e satélites costumam passar zumbindo pelos 20 mil metros para entrar na órbita da Terra ou ir além, e balões meteorológicos já flutuaram nas regiões superiores da atmosfera.

“Os balões existem há 200 anos, então todo mundo acha que é uma tecnologia velha que não irá oferecer dificuldades”, disse Steve Smith, engenheiro aeroespacial que, em 2005, projetou um dos primeiros zepelins estratosféricos a terem sucesso. “Não tem nada mais longe da verdade do que isso”.

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