O cenário político eleitoral brasileiro está todo bagunçado após a divulgação dos números das últimas pesquisas eleitorais.
Embora haja alguma divergência entre os vários institutos, a verdade é que existem duas certezas até o momento: o crescimento de Dilma e a queda de Marina. Porém, o que ninguém consegue explicar é porque Aécio não decola e os motivos que consolidam essas tendências.
Um mês atrás, alguns “entendidos” diziam que eram favas contadas a eleição de Marina, porque propalavam que Dilma não era Lula e que era tida e havida como mandona e de cara amarrada, pouco afeita a sorrisos e afagos aos políticos da base aliada.
Parecia que a coisa ia degringolar, quando, de uma hora para outra, lá estava a candidata toda sorridente, maquiada e repaginada, esbanjando alegria e distribuindo beijinhos aos populares de todos os cantos do país, subindo feito um foguete nas pesquisas.
Do Oiapoque ao Chuí, a candidata foi se consolidando e se mostra à vontade para pedir votos e garantir ao eleitorado a seqüência da estabilidade econômica iniciada por FHC e continuada por Lula e ela própria, bradando em alto e bom som que não esquece um em nenhum momento do lado social.
Surfando nessa onda, a ex-guerrilheira desconhecida e inexperiente vai passando como um trator sobre o tarimbado político mineiro que era tido como um dos mais preparados para exercer a presidência. O mesmo trator parece que também vai atropelar Marina e sua nova política. O que ambos não contavam é que a briga figadal em que se envolveram para decidir quem iria ao segundo turno fizesse sucumbir os dois.
Agora, é esperar os próximos movimentos e ver onde essa nau vai parar. Tomara que seja em um porto seguro.
Henri Dias é advogado em Fernandópolis (henri@adv.oabsp.org.br)