Puxado pela alta dos alimentos, o IPCA, índice oficial de inflação país, acelerou pelo segundo mês seguido e ficou em 0,57% em setembro.
O indicador havia sido de 0,25% em agosto, superior à quase estabilidade da inflação em julho (0,01%).O IPCA acumulado em 12 meses até setembro voltou a superar o teto da meta do governo, com uma taxa de 6,75% -até julho, praticamente empatava em 6,51%. A taxa para 12 meses é o maior desde outubro de 2011 (6,97%).
De janeiro a setembro, a inflação subiu a um ritmo de 4,61%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (8).O resultado de agosto ficou acima do previsto pelas principais instituições do mercado financeiros e consultorias.O aumento se deu principalmente pelo fim do ciclo deflação dos alimentos. No mês, a alimentação teve alta de 0,78%. Os transportes, outro foco de pressão, avançaram 0,63%. A energia elétrica também contribui para o resultado, com alta de 1,37% -expansão menor do que a registrada em agosto, quando o avanço foi de 1,76%.
O grupo alimentação subiu na esteira principalmente da carne, que avançou 3,17% em setembro por causa da estiagem em algumas regiões do país e uma saída maior do produto para exportação.Desse modo, sobra menos carne no mercado doméstico e seus preços aumentam. Neste ano, as carnes já estão 12,23% mais caras. Trata-se do produto de maior peso no grupo alimentação e bebidas.Também subiram com força itens como cebola (10,17%), cerveja (3,48%), farinha de mandioca (2,52%) -que têm peso importante nas regiões Norte e Nordeste- e frutas (2,11%).