sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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As eternas “caveiras de burro”

Segundo os dicionários, gestão é a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar, ou seja, é o ato de administrar ou gerenciar negócios, pessoas ou recursos,…

Segundo os dicionários, gestão é a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar, ou seja, é o ato de administrar ou gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar metas definidas.

Ao que parece, alguns faltaram nessa aula, especialmente se levarmos em consideração o que tem acontecido com as “jóias” da  nossa coroa.

A “prefeitura” foi entregue à atual administração literalmente quebrada e ainda sofre os efeitos da penúria de seus cofres. A nossa Santa Casa também “comeu o pão que o diabo amassou” até receber uma milionária injeção de ânimo (e de recursos, é obvio). Agora, quando tudo parecia indicar que estava sendo recolocada nos eixos, eis que a nossa Fundação também é sacudida por outro tsunami.

Não há mais dúvida de que algo está errado e mais do que nunca chegou a hora de mudar nossas estratégias. Nosso modelo está falido e precisa ser mudado com urgência, até porque não é possível que uma cidade com o porte e a pujança de Fernandópolis seja refém deste ou daquele grupo político.

Venho pensando bastante sobre o assunto e cheguei à conclusão de que o problema é a falta de oxigenação dos nossos quadros políticos. Se não há essa oxigenação, obviamente não teremos novas propostas ou novas cabeças.

Bingo! Essa tem sido a nossa característica nas últimas décadas e a continuar da forma como está, ainda vamos sofrer mais alguns anos (ou décadas), porque os grupos continuam os mesmos.

É bem verdade que mudaram alguns nomes nos últimos anos, porém, esses nomes faziam parte do mesmo grupo político e todos sabemos que os grupos políticos é que ditam as agendas. O resultado é que nada mudou e assim caminha a humanidade.
O pior disso tudo é que não temos visto  mudanças do ponto de vista estrutural, com os nomes que estão postos, daí porque a única solução seria envolver e sensibilizar toda a comunidade para forçar essa oxigenação da política local. 

Já ficou provado que há pessoas, principalmente jovens, com todas as suas qualidades e defeitos, que estão buscando e precisam de espaço para debater os problemas municipais, apresentando alternativas para a cidade. O que os “velhos” líderes não podem fazer é boicotar essas novas lideranças. Afinal, eles também já foram jovens e hoje ocupam espaços que um dia pertenciam a outros e por aí vai. Esses jovens não podem continuar sufocados de maneira sistemática, tão somente porque não fazem parte ou não querem se render à este ou àquele grupo.

Resumindo, façam-nos um favor: abram alas que os jovens querem passar. Ou então, seremos obrigados a acompanhar, de tempos em tempos, o desenterramento de inúmeras outras “caveiras de burro”.

Henri Dias é advogado em Fernandópolis (henri@adv.oabsp.org.br) 

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