sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Biólogos usam redes sociais para proteger tartarugas em AL

Uma iniciativa simples tem ajudado a proteger as tartarugas e seus ninhos no litoral de Alagoas. Uma página na internet e um celular recebem informações das ameaças para a ação…

Uma iniciativa simples tem ajudado a proteger as tartarugas e seus ninhos no litoral de Alagoas. Uma página na internet e um celular recebem informações das ameaças para a ação dos ambientalistas.

Uma tartaruga da espécie verde morreu antes de chegar à areia para desovar. Todos os meses, uma média de 15 são encontradas mortas nas praias de Alagoas, a maioria depois de comer lixo no oceano.

“Principalmente dos sacos plásticos e tampinhas de garrafa”, afirma o biólogo da Universidade Federal de Alagoas Álvaro Borba.

Os biólogos do Instituto Biota, que monitora as tartarugas no litoral alagoano, agora usam as redes sociais para salvar essas tartarugas. Eles criaram perfis na internet e grupos especiais em aplicativos só para receber informações da população. As imagens e textos chegam rápido, e podem salvar os animais encontrados vivos, encalhados na praia.

“A gente conseguiu contato através da rede social, falar com o Biota para poder saber o que fazer, qual o procedimento, se eles poderiam vir aqui para poder remover o animal”, explica a militar Amarillys Barros Santos.
Os vídeos gravados pelo Instituto Biota mostram que a medida já dá resultado. Graças às mensagens instantâneas que os ninhos encontrados em locais de risco – com muita movimentação de banhistas – estão sendo transferidos para Áreas de Proteção Ambiental, as APAs.

Para garantir o nascimento das tartarugas, os biólogos fazem de tudo para não chamar a atenção de quem passar: uma fita laranja no coqueiro, um pedaço de madeira quase enterrado na areia, com uma numeração.

Seguindo as anotações em uma agenda, o biólogo Bruno Stefanis monitora tudo muito discretamente. “Para evitar danos. As vezes as pessoas não sabem que estão prejudicando o ninho, abrindo para ver os ovos. Qualquer interferência é prejudicial. Então a gente tenta camuflar de toda e qualquer maneira”, ressalta.

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