domingo, 22 de setembro de 2024
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Copom aumenta pela 3ª vez a taxa básica de juros da economia

O Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentou pela terceira vez seguida a taxa básica de juros da economia brasileira. Com a alta de meio ponto percentual, a Selic…

O Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentou pela terceira vez seguida a taxa básica de juros da economia brasileira. Com a alta de meio ponto percentual, a Selic passa agora para 12,25% ao ano. A decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado financeiro.
A taxa básica de juros é um dos instrumentos usados pelo Banco Central para controlar a inflação. Mas até o momento, o fato é que esses aumentos ainda não conseguiram segurar os preços.
Quando o governo sobe os juros ele está deixando a vida dos brasileiros mais cara. E é essa a ideia mesmo para diminuir a inflação.
Funciona assim: os juros mais altos vão deixar mais caras as parcelas da geladeira que você quer comprar. Então você pode desistir de comprar a geladeira. Quando muitas pessoas desistem, sobram mais geladeiras no mercado e o preço delas cai, derrubando a inflação.
Em abril de 2013, o Banco Central começou a aumentar a taxa de juros. Depois houve um período de estabilidade e no fim de 2014 ela voltou a subir. Mas a inflação não cedeu, fechou 2013 em 5,91% e terminou 2014 mais alta, em 6,41%.
Os economistas explicam que isso acontece porque há produtos que não são afetados por essa alta dos juros.
A maior parte dos brasileiros vai precisar de financiamento para comprar os chamados bens duráveis, a casa própria, uma geladeira ou uma televisão, um carro novo da família. Agora, tem um outro grupo de produtos que inclui, alimentos, por exemplo, que a gente não precisa financiar para comprar, ele está muito mais ligado ao nosso dia a dia, inclui também vestuário, roupas e sapatos e serviços, como o salão de beleza, por exemplo, então esses produtos e serviços vão demorar bem mais para sentir os reflexos de uma alta de juros.
E esses itens pesam muito mais na conta da inflação.
“Quando a gente olha esse nível de desemprego baixo e um poder de compra elevado, das famílias em geral, do consumidor em geral, a gente identifica segmentos que são menos sensíveis aos juros e mais sensíveis ao nível de renda do trabalhador. Essa inflação vai cair mais rapidamente na hora que o trabalhador, infelizmente, estiver desempregado e com uma renda real e ou com uma renda real menor.”, explica Marco Maciel, economista-chefe do Banco Pine.
Como a renda do trabalhador continua subindo, a alta da taxa de juros não consegue segurar a alta dos preços nos restaurantes.
“Teve aumento de preço, sim”, diz uma consumidora.
“Eu andei mudando de restaurante e cortando outras coisas da minha vida pessoal”, diz uma mulher.

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