domingo, 22 de setembro de 2024
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Preço da conta de luz alimenta a inflação de janeiro

O custo da energia tem pesado na inflação, que fechou o ano de 2014 perto do limite da meta, de 6,5%. E, neste começo de ano, os preços continuam em…

O custo da energia tem pesado na inflação, que fechou o ano de 2014 perto do limite da meta, de 6,5%. E, neste começo de ano, os preços continuam em alta.
Geladeira, forno, ar condicionado. A energia elétrica é que faz a padaria funcionar. Mas a conta de luz saltou de R$ 13,5 mil em dezembro para quase R$ 15 mil em janeiro.
“Cada um sabe o custo que tem, então sempre vai ter esse repasse para o cliente, infelizmente”, comenta o dono da padaria, Marcos Ventura.
A prévia da inflação oficial registrou alta de 0,89% em janeiro, acima da registrada em dezembro. As carnes lideraram a alta e subiram mais de 3%.
“Alimentação, comida, você sente que aumentou bastante”, diz o consumidor.
Em seguida, veio a subida nos preços da energia elétrica. “Eu não tenho ar-condicionado, não tenho nada em casa desse tipo e aumentou bem”, afirma outro consumidor.
Completaram a lista, as tarifas de ônibus urbanos que já estão mais caras no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador e Recife. “Tudo subiu. Subiu transporte, supermercado, escola das crianças”, aponta uma mulher.
A crise da água que atinge vários estados no Brasil não aparece só nas torneiras. As dificuldades com abastecimento de agua e de energia elétrica afetam a produção e os preços. O brasileiro vai sentir o efeito climático também no bolso.
“A redução da disponibilidade para irrigação está afetando a produção de hortaliças, de frutas e de tomate. A produção fica menor e os custos tendem a subir”, comenta José Roberto Mendonça de Barros, economista da MB Associados.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 6,69%, acima do ano passado e a maior desde outubro de 2011. E o aumento da tarifa de energia ainda não chegou em muitas cidades.
“Nós vamos ter reajustes fortes de energia elétrica esse ano, maiores do que o ano passado, 2014 foi 18% e 2015 vai ser de no mínimo 30%, nós também devemos ter aumento de gasolina, que já está contratada, aumento de diesel e isso é que vai puxar a inflação ao longo do ano”, José Roberto Mendonça de Barros, economista da MB Associados.

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