domingo, 22 de setembro de 2024
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Expectativa de inflação começou a cair, diz Tombini

O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse nesta sexta (23) que as expectativas de inflação, coletadas pelo boletim Focus, começaram a recuar. “Já temos visto algum impacto na inflação de…

O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse nesta sexta (23) que as expectativas de inflação, coletadas pelo boletim Focus, começaram a recuar. “Já temos visto algum impacto na inflação de médio prazo: 2016, 2017, 2018 e 2019”, disse, após seu segundo dia no Fórum de Davos (Suíça).

“Não víamos esse recuo havia muito tempo.”

A declaração do presidente do BC levou analistas a cogitar uma queda de expectativas no próximo Focus, que o BC divulgará na segunda (26). Há cerca de 30 dias elas permanecem estáveis.

O centro da meta será atingido no final de 2016, reiterou. Neste primeiro trimestre, no entanto, a inflação ainda será alta, reafirmou Tombini.

“Teremos inflação bastante alta como reflexo dos ajustes que estão sendo feitos.” Mas a trajetória é de declínio, frisou. “Está tudo bem, maravilhoso? Não. Temos de continuar vigilantes para atingir o centro da meta em 2016.”

A autoridade monetária lembrou que a “política fiscal mais apertada ajuda a colocar a inflação no centro da meta”.

Com relação ao pacote de estímulos europeu, remove uma incerteza que havia, segundo disse. Ele comentou que vai na contramão do que se espera para os EUA. “Não sabemos quando vai ocorrer, mas o importante é que ocorra com clareza no processo.”

Ao afirmar que a decisão europeia é recente, não informou se, com a esperada forte entrada de recursos no Brasil, o BC alterará o uso de instrumentos, como o “swap”.

A queda do petróleo, por sua vez, afeta exportadores que dependem mais das commodities, lembrou.

“O Brasil é importador líquido de petróleo até 2018. No curto prazo, os preços têm impacto positivo sobre a balança. Caso esses preços que vemos hoje prevaleçam em 2015, o Brasil terá uma economia de até US$ 12 bilhões para este ano”, estimou.

Tombini tem se encontrado com investidores e participado de reuniões e painéis, alguns deles com o ministro Joaquim Levy (da Fazenda).

“Tenho dito que 2015 será um ano de desafios, mas que estou cautelosamente otimista”, afirmou.

Apesar das expectativas de economistas brasileiros de que a inflação caia no segundo semestre, Bradesco e Itaú elevaram suas projeções para 2015. O Bradesco a revisou de 6.8% para 7%. O Itaú, por sua vez, subiu ontem (23) sua estimativa para o IPCA de 6,9% para 7,1% neste ano.

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