sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Grupo de WhatsApp de adolescentes vira caso de polícia

Um grupo de WhatsApp de adolescentes entre 12 e 13 anos, que estudam em uma escola particular no bairro Planalto, em Araçatuba, virou caso de polícia esta semana. O pai…

Um grupo de WhatsApp de adolescentes entre 12 e 13 anos, que estudam em uma escola particular no bairro Planalto, em Araçatuba, virou caso de polícia esta semana.

O pai de uma das integrantes do grupo decidiu procurar a polícia após ter visto ofensas, montagem e chacotas contra sua filha.
O grupo foi criado para os alunos debaterem assuntos a respeito de sala de aula. No entanto, de acordo com a vítima, alguns alunos utilizavam o aplicativo para coisas em desconformidade com o assunto escola, como, por exemplo, marcar encontros.
Ela fez uma postagem no grupo questionando tais atitudes e acabou sendo repreendida por isso, por uma aluna que a chamou de ignorante e “patricinha”.
Para evitar confusão, a vítima saiu do grupo sem fazer nenhum tipo de comentário. Posteriormente outros integrantes entraram com risadas e comentários de incentivo à aluna agressora, causando constrangimento. O fato chegou ao conhecimento da vítima, e o pai conseguiu reunir e imprimir as provas.
Além das risadas e chacotas, um aluno fez uma montagem com a foto da vítima, levando um golpe de arte marcial conhecido como voadora, e passou para um colega que postou no grupo junto à frase onde a vítima havia sido xingada, sugerindo que ela havia levado um fora.
Após a fotomontagem ser postada no grupo, surgiram mais comentários e chacotas, inclusive do autor da fotomontagem alertando que isso poderia dar processo.
O aluno que fez a montagem orienta o grupo a acusar outro aluno sobre a autoria do “trabalho”, e alerta que isso pode dar processo. Apenas um aluno entra em defesa da vítima, que ficou irritada e constrangida.
Polícia
O pai, indignado com a situação e o constrangimento, procurou a DDM – Delegacia de Defesa da Mulher -, e registrou um boletim de ocorrência. “Minha filha tem conta no Facebook e WhatsApp. Eu e minha esposa estamos sempre orientando e acompanhando. Trabalho com comunicação em redes sociais e não me conformo com o fato de algumas pessoas imaginarem que não há consequências, principalmente os jovens. Fiz sim o registro da ocorrência para que todos que erraram e seus responsáveis percebam a gravidade do caso”, afirmou o pai.
Ele afirma ainda que o objetivo é evitar que casos como este voltem a se repetir no ambiente escolar. Além de fazer o boletim de ocorrência, ele comunicou o fato à direção da escola e pretende acionar a Justiça.
“Esses jovens precisam aprender que tudo tem um limite e que assim como a sociedade, as redes sociais também são regidas por regras que jamais podem ser violadas”, finalizou.

AtaNews

Notícias relacionadas