A pequena indústria paulista está mais confiante no país no início de 2015, segundo pesquisa feita pelo Datafolha a pedido do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo).
Em dezembro de 2014, 11% das indústrias pretendiam contratar. Em janeiro de 2015, foram 17% das 315 entrevistadas. Dos respondentes, 21% disseram que pretendem investir, seja no espaço físico, seja em bens de capital. Na pesquisa anterior, eram de 18%. A margem de erro é de seis pontos percentuais.
“Após um ano muito ruim, em que fechamos 277 mil postos só no Estado de São Paulo, estamos começando a estabilizar. Ao se olhar [o resultado da pesquisa] se vê, sim, uma ponta de otimismo”, disse o presidente do Simpi, Joseph Couri.
Ele aponta dois fatores que explicam essa leve guinada. Um deles é a alta do dólar, que beneficia a indústria nacional. Além disso, há uma nova atitude dos pequenos industriais que implica não esperar nada da conjuntura e tentar se adaptar.
Foi o que fez Leonardo Miguel, 35, dono de uma microindústria de eletrônica em Campinas (SP).
“Há seis meses, a maneira de encarar era outra. Em 2014 o faturamento caiu em relação a 2013. Mas a gente fez movimentos, buscamos novos nichos e isso trouxe resultados e ânimo”, afirma. A empresa dele, a Eltec, faz placas de controles para máquinas em que os clientes se servem sozinhos (café, por exemplo).
Mas começou a oferecer componentes para máquinas de limpeza de veículos e conseguiu achar mais clientes.
“Não penso em contratar nos próximos meses, mas devo investir”, afirmou.
